Capital

Fechamento da ortopedia não comprometeu atendimento, revela Samu e bombeiros

Filipe Prado | 13/08/2014 16:57
Conforme o Samu, a restrição não comprometeu atendimentos e UPAs não ficam superlotadas (Foto: Marcelo Calazans)
Conforme o Samu, a restrição não comprometeu atendimentos e UPAs não ficam superlotadas (Foto: Marcelo Calazans)

Depois do anúncio do aumento de, pelo menos, mais 24 horas na restrição do recebimento de pacientes no setor de ortopedia, que está superlotado, o Corpo de Bombeiros e o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) afirmaram que o atendimento não foi comprometido.

De acordo com o coordenador do Samu, Eduardo Cury, o serviço não teve nenhum problema por conta do fechamento, sendo que a Santa Casa ainda está recebendo os pacientes em estado grave.

Ainda revelou que os pacientes com traumas menores estão sendo encaminhados para o Cenort (Centro Ortopédico Municipal) ou para o Hospital Adventista do Pênfigo, da área central, que possui convênio com a Prefeitura para atendimentos de baixa complexidade, vai aumentar a oferta de leitos, passando de seis para 10, todos os dias.

“Nada que está nos colocando em situação de risco. E isso deve se regularizar em alguns dias”, afirmou o Cury.
As três principais UPAs (Unidade de Pronto Atendimento) de Campo Grande, Vila Almeida, Universitário e Coronel Antonino, não estão superlotadas. De acordo com os pacientes, o número de pessoas está normal.

Uma funcionária da UPA Coronel Antonino explicou que as vítimas de acidentes estão sendo encaminhados para a unidade, mas os pacientes que normalmente são encaminhados para a Santa Casa, em estado mais grave, não foram encaminhados para as UPAs.

O Corpo de Bombeiros, através da assessoria de imprensa, apontou que a Central de Regulação faz a orientação das vagas, por isso não estão tendo problemas com o transporte dos pacientes.

A Santa Casa, de acordo com o presidente da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), Wilson Teslenco, pode estender por mais 24h a restrição do setor de oncologia. A restrição começou na noite de ontem (12), em razão do grande número de acidentes dos últimos dias, o setor chegou a ter 42 pessoas na fila de espera na noite de ontem.

Em entrevista coletiva na tarde de hoje (13), o presidente da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), Wilson Teslenco, explicou que o primeiro prazo de 24 horas, estabelecido na noite de ontem, deve ser prorrogado até que o setor volte a poder atender a média de 20 a 25 pacientes por dia.

“Nós não fechamos as portas, ontem à noite comunicamos as entidades reguladoras do setor que a Santa Casa estava lotada. Fomos obrigados a restringir o atendimento devido à grande demanda de feridos desde o dia 1º. Se chegar paciente aqui, nós vamos atender, mas vai ter que esperar o tempodos outros pacientes prioritários”, explica.

O diretor técnico da Santa Casa, Luiz Alberto Kanamura afirma que há pelo menos dois meses a situação de superlotação não atingia o setor de ortopedia, apesar de sempre operar no limite.

A Sesau promete pressionar o Hospital Universitário da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), juntamento com o MPF (Ministério Público Federal), para que a unidade volte a atender pacientes do setor. O secretário Jamal Salém chegou a ressaltar, inclusive, que o hospital recebe verbas para os atendimentos e vem se negando a receber pacientes na ortopedia.

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