Capital

Família de vereador preso contesta ação da Polícia e provas

Nadyenka Castro e Francisco Júnior | 20/07/2011 14:50

Primo e esposa dizem que policiais foram truculentos

Presos foram levados para a Derf em comboio da Polícia Civil. 40 policiais participaram da operação. (Foto: João Garrigó)
Presos foram levados para a Derf em comboio da Polícia Civil. 40 policiais participaram da operação. (Foto: João Garrigó)

Para a esposa do vereador Enio Queiroz (PR), primeiro secretário da Câmara Municipal de Alcinópolis, e para o primo dele, a Polícia Civil agiu de forma truculenta ao fazer a prisão, no início da manhã desta quinta-feira, e também não tem provas do envolvimento dele no assassinato do colega Carlos Antônio Carneiro, ocorrido em outubro do ano passado em Campo Grande.

Rosimeire Mendes da Silva, 35 anos, e Adalton Queiroz, disseram que os policiais não esperaram o portão ser aberto e o arrombaram, entrando na casa onde havia crianças.

Adalton questiona as provas contra Enio e a apreensão do computador dele. “A Polícia não tem provas. Por que apreender agora o computador se o caso já tem quase um ano? Já tinha sido apreendido os chips dos celulares de todos os vereadores”, diz.

Para o empresário, Enio pode ter sido preso por que é da base aliada ao prefeito Manoel Nunes da Silva (PR), também preso nesta quarta-feira suspeito de envolvimento no homicídio.

“Só por que é da base aliada foi preso? Acusações a gente escuta faz tempo”, declara. Segundo o primo do vereador, Enio é amigo pessoal de Manoel Nunes há muitos anos, antes de entrarem para a vida política.

Os dois e ainda o presidente da Câmara, Valter Roniz (PR), Valdeci Lima (PSDB), o comerciante Ademir Luiz Muller e a funcionária da prefeitura Jurdete Marques de Brito, foram presos nesta quarta-feira.

A Polícia Civil quer chegar ao mandante do crime e demais envolvidos na morte de Carlos Carneiro. O pistoleiro que atirou na vítima, Irineu Maciel e o dono da moto em que ele estava, Aparecido Souza Fernandes, foram preso logo após o assassinato.

Dias depois foi para a prisão Valdemir Massan, cunhado de Irineu, que segundo este disse à Polícia, foi quem intermediou a ação entre o mandante e o executor.

Em interrogatório diante do juiz, Irineu deu uma nova versão para o crime. De acordo com ele, o motivo foi vingança porque o vereador o teria humilhado.

A Justiça determinou que Valdemir, Irineu e Aparecido fossem levado a júri popular, mas os acusados recorreram da decisão.

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