Capital

Família de pecuarista morto em queda de avião vê acidente como fatalidade

Marta Ferreira e Paula Vitorino | 13/06/2011 15:18

Fatalidade. Foi como os familiares do pecuarista e piloto João Geraldo Rodrigues, 65 anos, definiram o acidente em que ele morreu, na sexta-feira, no Pantanal, na divisa entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O acidente fatal foi o sétimo sofrido por João Geraldo e, pelo que se apurou até agora, o primeiro em que ele ele não estava pilotando a aeronave.

O corpo do outro piloto que estava no avião que caiu, Dejanir Machado de Oliveira, de 35 anos, foi levado para Votuporanga (SP), de onde ele era, para os funerais.

A Polícia Civil ainda está investigando as causas do acidente, mas o que já foi levantado indica que era o piloto mais novo que estava comandando o avião.

“Não existem culpados” e “o caso está encerrado” foram frases ditas por familiares durante o sepultamento do corpo de João Geraldo, esta tarde, no cemitrio Memorial Park, em Campo Grande, onde vive a família dele. O pecuarista, contaram familiares, vivia entre Corumbá, onde tem fazendas, e a Capital.

Corpo foi sepultado esta tarde, em Campo Grande. (Foto: Pedro Peralta)
Corpo foi sepultado esta tarde, em Campo Grande. (Foto: Pedro Peralta)

João Geraldo foi sepultado ao som das modas de viola que ele tanto gostava, segundo a família. Deixou 8 filhos, entre eles uma que está se formando em pilotagem de avião, gosto herdado do pai.

Todos foram unânimes em lembrar o quanto o pecuarista gostava de pilotar. “Para ele era um serviço, mas também um divertimento”, disse a esposa. Sueli Alves Rodrigues, de 52 anos. Ela viveu 28 anos com José Geraldo.

O amigo e piloto aposentado Sérgio Rodrigues dos Santos, 70 anos, comentou que José Geraldo nunca deixou de pilotar, desde que se conheceram, na década de 1960.

Os familiares contaram que ele chegou a trabalhar profissionalmente como piloto, teve uma empresa de táxi aéreo, em Corumbá, e tinha mais de 40 anos de experiência.

Com um porta-retrato do pai ao lado de um avião, a filha mais nova, Thalita, falou dele como uma pessoa que, mesmo aos 65 anos, “tinha espírito de 25”.

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