Capital

Família de funileiro assassinado aguarda DNA para sepultamento

Estado em que o corpo foi encontrado dificultou identificação e será preciso exame mais demorado

Marta Ferreira | 20/04/2020 15:40
Funileiro ficou desaparecido por 16 dias e corpo foi encontrado enterrado. Agora, família aguarda resultado de DNA para sepultamento. (Foto: Reprodução Facebook)
Funileiro ficou desaparecido por 16 dias e corpo foi encontrado enterrado. Agora, família aguarda resultado de DNA para sepultamento. (Foto: Reprodução Facebook)

Primeiro, a agonia do desaparecimento, por 16 longos dias. Agora, a família do funileiro Adimilson Estácio, morto aos 44 anos, não sabe quando vai poder sepultar o corpo dele, que foi enterrado pelos assassinos, já presos, na tentativa de dificultar as investigações do crime.

Como o estado do cadáver não permitiu a identificação visual nem por meio das digitais ou comparação de arcada dentária, isso só vai ser possível com o exame de DNA, segundo apurou o Campo Grande News junto à família da vítima. O material genético foi colhido no sábado (18) pela mãe de Adimilson e o prazo recebido para o resultado foi de pelo menos 15 dias, que podem se estender a 30 dias.

Nesta segunda-feira (20), é ponto facultativo no serviço público e por isso a reportagem não conseguiu resposta do Imol sobre o assunto.

O crime – Adimilson havia desaparecido no dia primeiro de abril, quando saiu para trabalhar. Segundo a investigação, foi assassinado por dois homens que trabalhavam para ele na oficina mecânica da vítima, no Bairro Pioneiros, em Campo Grande. 

Jorge Oliveira, 32 anos, e Alex Oliveira, 24 anos, os acusados, estão em prisão provisória de 30 dias por homicídio triplamente qualificado, furto e ocultação de cadáver. Jorge, que era funcionário do funileiro, chegou a dar entrevista pedindo ajuda para achá-lo e fazer postagens nas redes sociais sobre o sumiço.  O comparsa dele fazia trabalhos esporádicos para a vítima.

A motivação do crime, conforme a polícia divulgou, foi a descoberta pela vítima do furto de cartão do banco pelos dois homens. Eles haviam feito compras estimadas em R$ 1,6 mil, segundo divulgou a DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios).

O corpo de Adilson foi localizado no dia 16 de abril, enterrado numa área próxima a córrego do município de Rochedo, a 74 quilômetros da Capital. Os assassinos indicaram o lugar. Eles contaram, ainda, que jogaram a motocicleta da vítima na água, conforme a apuração da delegacia. 

O inquérito policial ainda não foi concluído. O prazo para isso é de 30 dias, prorrogáveis se a autoridade policial assim entender e a justiça autorizar.

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