Capital

Família de comerciante morto tinha 30 boletins por ameças de ex-policial

Zana Zaidan e Bruno Chaves | 24/03/2014 17:54
Crime aconteceu na frente da casa do comerciante; suspeito está foragido (Foto: Pedro Peralta)
Crime aconteceu na frente da casa do comerciante; suspeito está foragido (Foto: Pedro Peralta)

A família do comerciante Rodrigo Jośe Rech, 31 anos, assassinado a tiros na tarde de hoje (24), tinha mais de 30 boletins de ocorrência contra Carlos Roberto Serqueira, 56 anos, o suspeito de ser autor dos disparos. Conforme o delegado que atendeu a ocorrência, Weber Luciano de Medeiros, a rixa entre a família é antiga, e a Polícia acompanha o caso há mais de dez anos.

O crime chocou a vizinhança, que familiarizada com o comportamento de Carlos, gritava por justiça. Alguns chegaram a procurar a reportagem para dizer que ele é agressivo e hostil com moradores do bairro.

“Eles discutem, um lado registra o B.O., em seguida vem o outro, e rebate as informações”, afirma Medeiros, que reitera a informação de um dos irmãos da vítima sobre os registros policiais.

A indignação da família é porque Carlos trabalhou por dois anos como investigador da Polícia Civil, mas teria aposentado por sofrer de esquizofrenia e, ainda assim, portava a arma de onde foram feitos os disparos. Por várias vezes, contam, o ex-policial brigou e ameaçou Rodrigo com a arma.

 

Revoltada, vizinhança clamava por justiça e relatou agressividade do suspeito (Foto: Pedro Peralta)

“Com o histórico, há dois meses pedimos busca e apreensão da arma, e agora fomos surpreendidos por esse homicídio”, comenta o delegado.

Conforme testemunhas, Carlos fugiu no carro da família. O filho dele, que teria entregado a arma ao pai e, depois do crime, disparou para o alto para dispersar populares, ficou no local, junto com outro irmão.

Segundo Medeiros, o suspeito precisa ser localizado em 24 horas para ser preso em flagrante. Ele explica que já expediu ordem para que todo efetivo se mobilize para localizá-lo. “Se isso não acontecer, vou pedir a prisão preventiva”, garante.

Errata – Seguindo informações repassadas por um dos irmãos de Rodrigo, o Campo Grande News divulgou que Carlos é um Policial Militar aposentado. No entanto, ele atuou como investigador e foi afastado da Polícia Civil. A informação já foi corrigida.

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