Capital

Família acredita que estudante morto saiu de casa para comprar drogas

Nadyenka Castro | 27/02/2013 16:49
Antonio Delben foi espancado em região conhecida como ponto de venda de entorpecentes e prostituição. (Foto: Reprodução/ Facebook)
Antonio Delben foi espancado em região conhecida como ponto de venda de entorpecentes e prostituição. (Foto: Reprodução/ Facebook)

Em depoimento à Polícia Civil nesta quarta-feira, o pai do universitário Antônio Tardivo Delben, de 27 anos, morto espancado nessa terça-feira, em Campo Grande, disse que o filho estava em crise de abstinência e por isso acredita que ele tenha saído de casa em busca de drogas.

De acordo com o delegado responsável pela investigação, Geraldo Marin Barbosa, da Defurv (Delegacia Especializada de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos), o professor universitário relatou que o filho era dependente químico e há um mês estava sem fazer uso. “Pelo comportamento dele [do Antônio] antes de sair de casa, eles acham que ele saiu em busca de droga”, disse a autoridade policial.

Antônio Tardivo era estudante de Educação Física e por volta das 19 horas saiu de casa com o carro da mãe, um Celta, para ir à faculdade. Já na madrugada de terça-feira, o pai, José Rentato Jurkevicz Delben, 56 anos, recebeu uma ligação do posto de saúde do Universitário, dizendo que o filho tinha sido agredido e estava gravemente ferido. De lá, Antônio foi levado para a Santa Casa, onde morreu por volta das 6 horas.

O plantão da Polícia Civil, na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do bairro Piratininga, conseguiu levantar com os bombeiros, que fizeram o primeiro atendimento do rapaz, que ele havia sido encontrado no chão, na rua Chile, com a Oclécio Barbosa Martins, na Vila Progresso, região que concentra ponto de venda de droga e prostituição.

Em rondas pelo local, a Polícia chegou até o veículo, que estava a 300 metros do ponto de onde o rapaz foi socorrido. Vizinhos e pessoas que passavam pela rua prestaram esclarecimentos aos policiais, mas nada que indicasse os autores da agressão e nem quem estaria com o carro.

Policiais tentaram contato com moradores de uma casa específica, que estava com o portão trancado, mas as portas e as janelas abertas. No local, ninguém atendeu aos chamados. O veículo foi apreendido, periciado e entregue à família.

Segundo relatos de José Renato à Polícia, Antônio saiu de casa com pouca quantia em dinheiro, celular e documentos. Nada disso foi encontrado no veículo, que estava com o alarme disparado, motor quente e vidros abertos quando os policiais encontraram.

A Polícia trabalha com a hipótese de latrocínio. O universitário tinha ferimentos na coluna.

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