Capital

Família acredita que envolvimento com tráfico pode ter motivado assassinato

Leandro da Silva Martins, 25 anos, foi morto a facadas na tarde desta quinta-feira

Rafael Ribeiro | 11/08/2017 11:02
Pai de Leandro, Adão Martins. (Foto: Rafael Ribeiro)
Pai de Leandro, Adão Martins. (Foto: Rafael Ribeiro)

Má influência de amizades e envolvimento com o tráfico de drogas. Segundo familiares e amigos, essa pode ter sido a motivação para a morte do desempregado Leandro da Silva Martins, 25 anos, em rua do bairro Zé Pereira (zona norte de Campo Grande), na tarde da última quinta-feira (10).

Caçula de três irmãos e pai de três filhas, Martins foi esfaqueado em uma casa do bairro onde nasceu, cresceu e viveu. Segundo a polícia, estaria acompanhado de dois homens

"A gente não pode fazer muita coisa a não ser orientar. Eu falava para ele tomar cuidado, prestar atenção com quem andava. Mas não tem como cuidar quando a gente saía para trabalhar. Eu avisei ele que esse caminho leva ou para a cadeia ou ao cemitério", disse, emocionado, pai do jovem, o operador de máquinas Adão Martins, 53, nesta manhã, durante o velório do caçula, na região central.

Ainda bastante abalado pelo ocorrido, Adão buscava respostas para o ocorrido. Diz não conhecer os homens que acompanhavam o filho. E que amigos do bairro dão versões diferentes sobre o crime. 

Leandro e o pai, Adão Martins. (Foto: Arquivo Pessoal)

Enquanto as respostas não chegam, o operador de máquinas recupera as forças como dá. Lembra com entusiasmo dos bons momentos que passou desde que passou com o filho, com quem morava sozinho desde que ele tinha 9 anos, quando se divorciou.

"Era um jovem extremamente alegre, feliz, sempre de bem com a vida, que fazia de tudo para me dar o melhor é me ajudar, limpando a casa, fazendo comida", completou Adão.

A dor da falta de filho, embora uma realidade que já aperta o coração do operador de máquinas, pensando em se mudar para não conviver com as memórias, não é maior para ele que ver sonhos interrompidos de uma maneira brutal.

"Ele queria trabalhar, sustentar as filhas. Me falou que voltaria a estudar, tentaria ter seu próprio salário. Não é justo um jovem com uma vida inteira pela frente morra de maneira tão cruel", definiu Adão.

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