Falta de celular anunciado em oferta gera confusão em supermercado
Consumidores relatam que a propaganda não dava destaque à quantidade em estoque
Promoção de celular por R$ 199 acabou em muita reclamação de consumidores na manhã deste sábado no supermercado Extra, em Campo Grande. Os clientes viram a oferta na televisão ontem à noite e foram cedo à loja, que funciona 24 horas.
Mas, no local, não encontraram o produto, vendido por até R$ 599. “Vi o anúncio ontem às 23h30. Cheguei às 6h30 na loja e falaram que tinha acabado”, conta a estudante Katitayana Silva Galvão, de 15 anos.
O motorista Júlio César Rosalino, de 48 anos, afirma que o gerente informou que o estoque havia acabado. “Vi o anúncio ontem, mas hoje já não tinha mais”, relata.
A assessoria de imprensa do Extra informou que a promoção “Plantão de Natal” valia para hoje e amanhã, mas até a duração do estoque. Ainda segundo a assessoria, o mínimo disponível seria cinco unidades, contudo, a loja disponibilizou cem aparelhos para venda.
Os consumidores relatam que a propaganda não dava destaque à quantidade em estoque. A confusão só foi contornada quando o supermercado ofereceu outros aparelhos, com menos recursos, pelo mesmo valor. Conforme os clientes, a medida foi tomada somente após a chegada da reportagem.
Em vez do modelo Samsung B-652 Omnia, com GPS, Wi-Fi e Bluetooth, Katitayana levou para casa um celular menos “incrementado”. Segundo Júlio César, o supermercado ofereceu outros dois modelos. Ele também acabou levando um dos celulares oferecidos.
Já a assessoria de imprensa informou que foram colocados outros nove modelos à disposição dos clientes.
Regras - Superintendente do Procon, Lamartine Ribeiro explica que o consumidor tem direito a um produto igual ou superior ao que está em promoção quando, dentro do prazo de vigência da oferta, não foi informado que o preço diferenciado era válido somente até o fim do estoque.
Se a propaganda traz o informativo, a empresa não tem obrigação de oferecer outra opção para o cliente. Ele lembra que a propaganda deve ser clara e que as grandes redes, em geral, cumpre o exigido no Código de Defesa do Consumidor.
Durante a semana, o cliente pode acionar o Procon, que tem poder de polícia para entrar na loja e conferir se há mercadoria em estoque. No fim de semana, o órgão não tem plantão em Campo Grande.