Capital

Falha estrutural de avião causou acidente que matou advogado

Aline dos Santos | 12/08/2015 14:20
Avião caiu em 6 de dezembro e matou dois ocupantes. (Foto: Lucimar Couto)
Avião caiu em 6 de dezembro e matou dois ocupantes. (Foto: Lucimar Couto)

Com previsão de término em setembro, o inquérito da Polícia Civil vai apontar falha na estrutura como causa do acidente aéreo que provocou a morte do advogado Marco Túlio Murano Garcia, 44 anos, e o piloto Gêneses Pereira da Silva, 55 anos. A aeronave Cessna 206 caiu na fazenda Botas, zona rural de Campo Grande, em 6 de dezembro do ano passado.

“Tudo indica falha na estrutura. Descarto o mal súbito e também [falha] do motor. O passageiro sabia pilotar e se fosse motor, o avião poderia planar. Foi falha de estrutura, a asa, alguma coisa quebrou”, afirma o delegado da 3ª delegacia de Campo Grande, Fabiano Nagata.

Segundo ele, o inquérito exigiu prorrogações sucessivas pela complexidade técnica e a tendência é que seja concluído sem indiciamento. “Não há como indiciar. Se tiver algum erro, foi culposo”, diz o delegado.

Durante a investigação, foram ouvidas cinco pessoas, incluindo pilotos e mecânicos. “É um caso que envolve muitos detalhes. Por isso que demora, ouvi pilotos que conheciam o avião”, diz. Também foi anexado laudo do local da queda. Contudo, conforme o delegado, o ideal era ter acesso as informações da investigação do Cenipa (Centro de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos).

O centro faz estudo sobre os fatores que levaram ao acidente e emite orientações para evitar ocorrências similares. No caso em específico, o Campo Grande News apurou que a investigação ainda não foi finalizada.

Técnico – De acordo com o Cenipa, a investigação não é para apontar culpado, mas identificar os fatores que contribuíram para o acidente aéreo e emitir recomendações de segurança para que não tenha outro evento parecido. Uma equipe vai ao local e faz levantamento de dados por meio de fotografias e entrevistas. Em média, a investigação demora um ano.

A aeronave decolou do aeroporto Santa Maria, em Campo Grande , com destino à fazenda do advogado Marco Túlio, em Aquidauana, que fica a 131 quilômetros da Capital. O acidente aconteceu 13 minutos depois, em uma área de difícil acesso. Foi ventilado que o piloto poderia ter passado mal e o passageiro, que também pilotava, não conseguiu controlar o Cessna. A forma como avião caiu indica que não houve tentativa de pousá-lo.

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