Capital

Estrangeiros foram presos tentando aplicar golpe do "dinheiro preto"

Viviane Oliveira | 27/04/2016 12:01

Transformar notas manchadas de preto em cédulas normais. Para isso, basta usar uma quantia em dinheiro verdadeiro para fazer a remoção da tinta. Foi assim que dois africanos foram presos tentado aplicar o chamado "golpe do dinheiro preto", na tarde de ontem (26) em um hotel, na Rua Antônio Maria Coelho, região central de Campo Grande. Alain Nakepl Ngueype, 44 anos, e Jean Sonor Ketcha, 41 anos, foram presos em flagrante.

De acordo com o delegado do Garras (Grupo Armado de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros), Fábio Peró, os africanos entraram em contato com um médico veterinário de 37 anos, que anunciava a venda de uma fazenda.

Eles tentaram convencer a vítima dizendo que tinham dinheiro, mas em notas manchadas de preto porque foram desviadas de um banco. Porém, diziam ter um produto que faria a remoção da tinta e, para isso, precisariam de uma quantia em cédulas normais.

Para convencer as vítimas, os golpistas fizeram a demonstração com três notas de R$ 50, duas realmente tingidas de preto e uma normal. Ele colocaram as notas em um recipiente com o produto químico, depois de um tempo as cédulas apareceram limpas.

“Eles faziam isso mesmo, só que quando a vítima aceitava eles colocavam no recipiente só notas falsas pintadas de preto e pegavam as verdadeiras”, explica.

A vítima só descobria que as notas eram falsas no banco, enquanto isso os estelionatários já estavam longe com a quantia verdadeira. Os dois foram presos em flagrante por tentativa de estelionato e hoje de manhã o juiz decidiria o destino deles em audiência de custódia.

No hotel, foram aprendidos produtos químicos e uma resma em dinheiro preto. A polícia, os dois contaram que estão no Brasil há 4 anos morando em São Paulo. Eles chegaram na cidade na terça-feira (19) e pretendiam ficar até o começo de maio.

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