Direto das Ruas

Estelionatário usa nome de ONG para aplicar golpe pelo WhatsApp

Se passando pelo presidente do Esquadrão da Juventude, suspeito negociou uma cama elástica de R$ 1 mil

Adriano Fernandes | 28/02/2020 21:08
Print da conversa que o estelionatário teve com a vítima. (Foto: Direto das Ruas)
Print da conversa que o estelionatário teve com a vítima. (Foto: Direto das Ruas)

Até mesmo uma ONG (Organização Não Governamental) que ajuda crianças e famílias carentes entrou na mira de um estelionatário em mais um golpe pelo WhatsApp, crime cada vez mais recorrente em Campo Grande. Durante a suposta negociação para a compra de uma cama elástica, anunciada nas redes sociais, o suspeito não só citou as atividades do Esquadrão da Juventude, como também encaminhou fotos pessoas do presidente da ONG, Fábio da Rocha, de 26 anos, para tentar enganar a vítima.

Segundo Fábio, o criminoso fraudou até mesmo um depósito para conseguir a mercadoria. “A cama elástica estava sendo anunciada por mil reais. Ele encaminhou um comprovante falso para a vítima e em seguida pediu o frete para a mercadoria. Como a mulher já estava com o comprovante em mãos, acabou entregando o produto”, conta.

No entanto, ainda segundo Fábio ao notar que o valor não havia sido creditado na conta a mulher suspeitou do golpe. “Foi quando ela acessou as nossas redes sociais e conseguiu entrar em contato comigo por um outro número”, completa. Diferente de outros golpes registrados na Polícia Civil de Campo Grande, neste o estelionatário não chegou a clonar o telefone de Fabio, mas usou o máximo de informações encontradas nas redes sociais do jovem para tentar enganar a vítima.

Criminoso enviou até fotos tiradas do Facebook do presidente da ONG. (Foto: Direto das Ruas)
Suspeito tentou conseguir até alimentos com a vítima. (Foto: Direto das Ruas)

O criminoso se apresentou como vereador, pois descobriu que o rapaz havia se candidatado em uma eleição anterior. Do Facebook do presidente da ONG, ele também extraiu fotos de homenagens e eventos com as crianças atendidas, para tentar aumentar a confiança da mulher. Contudo, depois que o golpe foi descoberto, o jovem registrou um boletim de ocorrência pelo crime de “preservação de direto” na 5ª Delegacia de Policia da Capital.

A mulher que anunciou a cama elástica também conseguiu reaver o produto, depois de entrar em contato com a pessoa que fez o frete e informar que era um golpe. “Ela também deve procurar a delegacia, pois o estelionatário a ameaçou, depois que ela descobriu o golpe. O chip que ele usou ele também bloqueou no mesmo dia”, conta. O receio do jovem é de que o suspeito continue usando o nome da instituição nos crimes.

“Ele provavelmente tentou dar o mesmo golpe com outras pessoas, com o objetivo de ganhar dinheiro com a revenda dos produtos que ele adquiriu usando o nome do Esquadrão da Juventude. Meu único receio é por conta da ONG. Nossas ações dependem de doações e da ajuda de voluntários em nossas campanhas”, conclui. 

Este ano o Esquadrão da Juventude completa 7 anos e já ajudou mais de 10 mil crianças na Capital, explica Fabio.

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