Capital

Este ano, 91 postes de energia já foram substituídos por conta de acidentes

Viviane Oliveira | 17/11/2013 09:36
Poste quebrado na Avenida Professor Heráclito Diniz, depois de acidente. (Foto: Marcos Ermínio)
Poste quebrado na Avenida Professor Heráclito Diniz, depois de acidente. (Foto: Marcos Ermínio)

De janeiro até a primeira semana de novembro, 91 postes de energia elétrica ou de iluminação pública foram substituídos em Campo Grande em decorrência de acidente de trânsito. Esse número corresponde a nove estruturas que são danificadas todo mês, segundo informação da Enersul. 

Só este ano foram gastos R$ 47 mil, entre materiais, mão de obra e troca de postes. Em todos os casos de acidente de trânsito são registrados boletins de ocorrência e, quando identificado a conta vai para o condutor. No caso de morte, quem paga é o responsável.

As estruturas seguem normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e são colocados em locais que não oferecem risco de acidentes, no entanto são alvos de motoristas, que por algum motivo acabam perdendo o controle da direção. 

Na última segunda-feira (11), um homem de 25 anos conduzia um veículo Gol na Avenida Professor Heráclito Diniz, prolongamento da Ernesto Geisel, no sentido Centro/bairro, quando perdeu o controle da direção em uma curva e acabou atingido o poste. A pancada foi tão forte, que a estrutura de cimento quebrou. Quem passa diariamente pelo local afirma, que os motoristas abusam da alta velocidade.

A aposentada Eunice de Carvalho, 51, por exemplo, relata que tem medo de caminhar na ciclovia que fica ao lado da via, pois os motoristas não respeitam as placas de sinalização e andam em alta velocidade. “Esses dias um condutor destruiu o guard rail que fica entre a ciclovia e a via”, reclama.

O motorista atropelou Juventina na calçada e depois colidiu contra um poste na Avenida Três Barras. (Foto: João Garrigó)
Acidente no cruzamento das ruas Ceará com Amazonas. (Foto: Cleber Gellio)

Na semana passada, no dia 9, Juventina Trindade de Souza, 27, caminhava na calçada na Avenida Três Barras, quando foi atingida por uma caminhonete Ranger desgovernada. A vítima tinha ido com o pai, José dos Santos Souza, 61, a uma loja de material de construção que fica na avenida. Enquanto o pai estava sendo atendido na loja, Juventina saiu de dentro do estabelecimento e acabou atingida pelo veículo desgovernado.

Após o atropelamento, a caminhonete colidiu contra um poste, que ficou destruído. Parte da região ficou sem energia. Identificado apenas por Murilo, o motorista disse que não sabia explicar como havia perdido o controle da direção, mas afirmou que estava dirigindo acima dos 70 km/h.

Juventina teve politraumatismo e foi encaminhada em estado grave para a Santa Casa, onde permanece internada respirando com ajuda de aparelhos. Ela está no pronto socorro e aguarda vaga na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), segundo informação da assessoria de imprensa do hospital.

No dia 3 de agosto, Aderivaldo de Souza Ferreira Junior, 25, conduzia um veículo Uno, quando perdeu o controle e atingiu um poste de energia no cruzamento das ruas Ceará com Amazonas. Ele tinha como passageiros a estudante de Direito Catarina Mantovan, 19, Lucas Leite de Oliveira e Otávio Sol Cotpe, os dois de 19 anos. Todos ficaram feridos, no entanto, Catarina foi a vitima mais grave.

Ela ficou quase um mês em coma e saiu do hospital com sequelas neurológicas. Aderivaldo foi preso em flagrante e vai responder por três tentativas de homicídio qualificado, com dolo eventual. Aderivaldo foi acusado pelo MPE (Ministério Público Estadual) por dirigir embriagado e em alta velocidade.

Um pouco antes do acidente, os jovens tinham saído do bar Bartolomeu, no bairro Chácara Cachoeira e pretendiam comer em uma lanchonete da região quando aconteceu o acidente.

Nos siga no

Veja Também