Capital

Estado põe verba própria na Santa Casa, mas prefeitura não, diz secretário

Apesar de dificuldade financeira, governo diz que não tem como aumentar o repasse para unidade

Yarima Mecchi | 08/11/2016 12:55
Tavares alegou que apenas o Estado e a União fazem o financiamento. (Foto: Fernando Antunes)
Tavares alegou que apenas o Estado e a União fazem o financiamento. (Foto: Fernando Antunes)

O impasse entre a Santa Casa de Campo Grande e os responsáveis pelas finanças do hospital ainda está longe de acabar. A prefeitura alegou que o atraso no pagamento de outubro foi por falta de repasse do Estado, mas o responsável pela SES (Secretaria do Estado de Saúde), Nelson Tavares, afirma que faz os depósitos e que ao contrário do município, usa recursos próprios para financiar o hospital.

Tavares alegou que apenas o Estado e a União fazem o financiamento do hospital que deveria ser tripartite e ter a contribuição da Prefeitura de Campo Grade, mas que o executivo municipal não usa recursos próprios e apenas o que é enviado pelo demais participantes.

"A prefeitura não usa nada do tesouro para contribuir com o financiamento da Santa Casa. Tudo é recurso do SUS (Sistema Único de Saúde) e da SES", afirmou.


Ainda de acordo com Tavares, os gastos com atendimentos de urgência e emergência são de responsabilidade do município e apenas os exames e atendimentos eletivos deveriam ter a contribuição da SES (Secretaria do Estado de Saúde). "O PS (Pronto Socorro) é municipal. A urgência e emergência é municipal".

Reunião foi realizada com MPE e ABCG. (Foto: Christiane Reis)

Aumento - Uma reunião será realizada na sexta-feira (11) com o MPE (Ministério Público do Estado), ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), Prefeitura de Campo Grande e o executivo estadual para rever os valores que são repassados para a unidade, mas o secretário de Saúde do Estado, Nelson Tavares, adiantou que o governo não tem como aumentar o repasse que é feito.

"Nós estamos no limite, o Estado passa R$2.570.000,00 para a Santa Casa. Quando assumi a gestão o custeio era de R$ 1 milhão. Realizamos um aumento que nunca tinha sido feito", declarou.

De acordo com o secretário, somente com a inauguração do Hospital do Trauma é que a SES vai aumentar o repasse para o hospital por conta do aumento de serviços prestados. "Nesse caso também é tripartite. Aumento da União, Estado e o Município tem que contribuir".

Na sexta-feira (4) foi realizada uma reunião para que a prefeitura pagasse a mensalidade que estava atrasada desde outubro, os R$ 3,25 milhões foram depositados ontem como acordado. Na ocasião os participantes marcaram o próximo encontro para definir novos valores a serem repassados ao maior hospital de Mato Grosso do Sul, que alega ter aumentado o leque de serviços prestados.

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