Capital

Formação tem que vir de casa, diz secretária sobre caso de violência em escola

Paula Vitorino | 13/04/2012 18:36

Professor foi esfaqueado por aluno dentro de sala de aula de escola estadual, Agressão levanta polêmica sobre segurança nas escolas

Professor sofre agressão dentro de sala de aula. (Foto: Minimar Júnior)
Professor sofre agressão dentro de sala de aula. (Foto: Minimar Júnior)

Após o esfaqueamento de professor dentro da sala de aula, a titular da SED (Secretária Estadual de Educação), Maria Nilene Badeca, afirmou que a segurança dentro das escolas depende também da formação dentro de casa.

Ela frisa que não pode transformar as “escolas em cadeia, com grades”. A secretária também lembra que a agressão aconteceu dentro da sala de aula e não tem como manter um guarda ou fazer revista nos alunos para entrar nas salas.

Com isso, Badeca conclui que o que é inadmissível é o fato de pais deixarem seus filhos saírem armados de casa.

“A formação tem que vir de berço, porque não tem como a escola fazer tudo. Cabe a escola ensinar a ler, escrever, mas a família tem fazer o papel dela na formação. Agora quem deixar tudo para a escola”, afirma.

A parceria entre escola e pais também é destacada pela secretária. “O trabalho preventivo e conjunto com a família é fundamental para uma escola segura”, diz.

Ela ressalta que os projetos desenvolvidos pela promotoria da Vara da Infância e da Juventude do Ministério Público Estadual, com palestras e seminários voltados para a família.

Violência - O professor de Física da Escola Estadual José Barbosa Rodrigues foi agredido na noite de ontem por um aluno de 17 anos. Ele levou duas facadas, no ombro e braço, quando tentou impedir uma briga entre o aluno e a namorada.

Depois da agressão, o estudante ainda ameaçou o diretor da escola para conseguir fugir. Logo após, outro estudante ameaçou funcionários e alunos com um revólver. Alunos e moradores da região disseram que casos de violência são comuns na escola.

O aluno que esfaqueou o professor foi apreendido em casa. A delegada da Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude), Maria de Lurdes, informou que o professor já prestou depoimento e que o adolescente e testemunhas também serão chamadas para depor.

Após a apuração dos fatos, o adolescente deverá ser indiciado pela agressão e responder na Justiça.

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