Capital

Entregue 120 dias antes, Marquinhos compara "nova 14" à arca de Noé

Prefeito disse que foi pressionado o tempo todo, que planejamento garantiu entrega antes do prazo e citou personagem da Bíblia

Marta Ferreira | 29/11/2019 18:53
Prefeito conversa com moradora ao chegar para inauguração da revitalização da 14 de Julho. (foto: Paulo Francis)
Prefeito conversa com moradora ao chegar para inauguração da revitalização da 14 de Julho. (foto: Paulo Francis)

“Pressionado” desde o primeiro dia, segundo define, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) destacou nesta noite em entrevista ao Campo Grande News a antecipação do prazo de entrega das obras da "nova" 14 de Julho, que ocorre neste dia 29 de novembro. O prazo inicial era em torno de 500 dias, mas os trabalhos levaram 380 dias. O chefe do Executivo usou o exemplo do personagem bíblico Noé para comentar a resposta dada às desconfianças geradas pelo projeto, uma ideia surgida há mais de 10 anos e que passou por outras três administrações, sem ser efetivada.

Citou que Noé foi taxado de “louco” ao começar a construir a arca para, como conta a Bíblia, garantir a salvação da humanidade e da vida animal diante do dilúvio, mais de 2,3 mil anos do nascimento de Jesus Cristo. “E você está viva graças a ele”, afirmou, ao fazer a comparação. A entrevista foi feita a caminho da festa de inauguração, onde o prefeito chegou sendo abraçado pelas pessoas.

Ao citar a concretização do projeto quatro meses antes do prazo, Marquinhos atribuiu ao bom planejamento técnico e à equipe competente. Foram feitas intervenções em 1,4 quilômetros da via que é considerada o coração do comércio do Centro de Campo Grande. Segundo ele, o sentimento agora, que a obra está finalizada, é de “etapa superada”.

Como é comum em suas falas sobre as realizações da prefeitura, o prefeito citou Deus em mais de um momento. Disse ter tido uma revelação divina para tocar o empreendimento. Sobre as críticas, vindas principalmente de comerciantes afetados pela queda do movimento na região declarou que seus combustíveis para prosseguir firme foram a paciência, mas também a fé. “Eu orei a Deus. Eu nunca esmoreci porque Deus me mandou fazer a obra.

Fim de ano - Marquinhos afirmou, ainda, que a prefeitura tocou os investimentos, financiados pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), com transparência, outro ponto anotado por ele como positivo. O custo foi de R$ 60 milhões. 

Indagado sobre a expectativa de reflexos para o comércio, para quem a obra era esperada como forma de incentivar a presença dos consumidos, Marquinhos é otimista, mas faz um alerta. Para ele, a via está mais “aconchegante e acolhedora”, porém, se isso será revertido em mais movimentação financeira, vai depender também dos preços oferecidos pelos lojistas. “Precisam estar convidativos também”.

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