Capital

Enfermagem da Santa Casa faz operação tartaruga em pressão por reajuste

Aline dos Santos e Luana Rodrigues | 27/07/2015 08:16
Enfermagem reduziu atendimento hoje na Santa Casa. (Foto: Marcos Ermínio)
Enfermagem reduziu atendimento hoje na Santa Casa. (Foto: Marcos Ermínio)

A enfermagem da Santa Casa de Campo Grande realiza “operação tartaruga” desde às 6h30 desta segunda-feira para pressionar por reajuste salarial. A redução do efetivo deve durar até quarta-feira, quando a categoria pode convocar greve. Os profissionais, cuja data-base é maio, querem reajuste de 12.64%. Contudo, a direção do hospital ofereceu 6%.

“As duas propostas feitas pela Santa Casa até agora não foram satisfatórias, com índice muito abaixo do garantido em lei”, afirma o diretor de finanças do Siems (Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul), Sebastian Rojas. Segundo ele, o mínimo a que eles têm direito é aumento de 8.34% do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), um dos indicadores da inflação.

“A direção vem alegando falta de dinheiro pela não renovação de contrato com a prefeitura. Mas visualizamos em vários setores altos investimentos em equipamentos, uma reforma gigantesca no Prontomed. Como tem dinheiro para investir na parede, no piso e não tem para o profissional”, questiona o sindicalista.

O comando do sindicato foi chamado na manhã desta segunda-feira para reunião com a direção da Santa Casa. Hoje serão realizadas três assembleias: de manhã, tarde e noite.

Na operação tartaruga, a sala de emergência do Pronto-Socorro tem 100% da equipe, as áreas de urgência e UTI (Unidade de Terapia Intensiva) têm 50% dos profissionais e na enfermaria e centro cirúrgico, 30%.

A enfermagem tem 1.200 profissionais na Santa Casa, entre técnicos e enfermeiros. Além do reajuste, a categoria quer adicional de exclusividade de 20% sobre o salário base dos profissionais; abono assiduidade de R$ 184,73; e salário de R$ 1.778,86 para os técnicos em enfermagem nível 2 que tenham a graduação em enfermagem.

De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, a direção negocia com o sindicato, mas a falta de contrato com a prefeitura de Campo Grande dificulta acordo financeiro.

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