Economia

Enersul diz que está se preparando para acompanhar crescimento da indústria

Carlos Martins | 10/12/2010 14:21
Vice-presidente da Enersul diz que a empresa busca alternativas para baratear a tarifa. (Foto: João Garrigó)
Vice-presidente da Enersul diz que a empresa busca alternativas para baratear a tarifa. (Foto: João Garrigó)

O desenvolvimento de Mato Grosso do Sul terá um impulso quando os três linhões de energia estiverem em funcionamento no final de 2012. Esta é a avaliação do vice-presidente da empresa concessionária de energia, Cyro Vicente Bocuzzi, que foi um dos palestrantes nesta quinta-feira do clico de palestras promovido pela Enersul na Casa da indústria (Fiems).

“O estado terá grandes oportunidades para novos investimentos e a Enersul está se preparando para acompanhar a indústria e de forma planejada”, salientou Bocuzzi. O ciclo de palestras “Perspectivas para a Economia e a Energia nos Próximos Anos: Mundo, Brasil e Mato Grosso do Sul’, que teve entre seus palestrantes o governador André Puccinelli e José Roberto Mendonça de Barros, sócio e consultor da MB Associados e que entre 1995 e 1998 foi secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda.

Evitando falar sobre investimentos e futuros projetos ( alegou que a Enersul ao colocar recentemente no mercado ações públicas deve ficar um período em “silêncio” conforme regra da Comissão de Valores Mobiliários), Bocuzzi disse que a empresa, como uma concessionária, irá cumprir com todas as obrigações impostas pelo poder concedente, no caso a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) . “Mas vamos dar pleno atendimento a todas as solicitações de crescimento”, salientou.

Para o presidente da Fiems, Sérgio Longen, a queda dos custos da energia em Mato Grosso do Sul estão aumentando a competitividade da indústria. “No passado quando iniciamos a discussão, discutindo a possibilidade de redução [do preço da energia] tínhamos a energia mais cara do país. Hoje o estado tem o 17º custo de energia”, afirmou. Com os linhões, Longen acredita que aumentará a competitividade de Mato Grosso do Sul facilitando o aporte de novos investimentos.

Presidente da FIEMS Sérgio Longen afirmou que os linhões darão competitividade à indústria. (Foto: João Garrigó)

Tarifa de energia – Falando sobre ao preço da tarifa, o vice-presidente da Enersul, Cyro Bocuzzi admitiu que o preço ainda é mais alto em relação ao de outros estados. A razão é a extensão territorial e a distância dos consumidores. “Com os clientes dispersos, com pequenas cargas de energia, o custo é maior para o atendimento em comparação com uma sociedade que tenha um alto nível de adensamento. Por isso é natural que a tarifa aqui seja mais um pouco mais elevada em comparação a estados que tenham grande aglomeração”, afirmou.

Porém, ele garantiu que a empresa busca alternativas para baratear os custos. “A Enersul tem quebrado algumas regras. Apesar de estar numa região desafiadora, na questão da confiabiidade temos índices melhroes do que a média das empresas no Brasil e muito melhor do que a médias das empresas do Centro-Oeste”, afirmou. Segundo ele, com o uso de novas tecnologias, a empresa busca novas alternativas. “A geração distribuída no próprio estado, a geração perto da carga evita fazer grandes projetos para trazer a energia de longe. São formas mais baratas de alongo prazo, de fazer o atendimento ao mercado, e vamos estar perseguindo estas formas”,

Quanto à tarifa da energia para o próximo ano, o vice-presidente da Enersul disse que ainda é muito cedo para falar sobre o reajusje. “Qualquer movimentação tarifaria será feita de acordo com as regras da Aneel. Ainda é muito cedo, estamos a seis meses deste movimento e isso deve acontecer em marços quando teremos um cenário melhor de como estes custos irão se compor”, argumentou.

O Grupo Rede Energia possui nove concessionárias, tem atuação em sete estados (SP, MG, PR, TO, MT, MS e PA), atendendo a cerca de 4,5 milhões de clientes em 34% do território nacional. Desde 1998, os investimentos chegam a R$ 1,6 bilhão. A Enersul, uma das empresas do grupo, atua em 73 dos 78 municípios sul-mato-grossenses e recebeu este ano um aporte de R$ 70 milhões para investimentos na distribuição. A distribuição atende a 93% da população, o que correspoonde a um atendimento de 830 mil clienrtes ou 2,3 milhões de pessoas.

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