Capital

Encontro de criadores defende que cães pit bull e terriers também são dóceis

Adriano Fernandes | 26/06/2016 19:34
O “2° Encontro de Pit e Bull” que ocorreu esta tarde, na Orla Morena. (Foto: Pedro Peralta)
O “2° Encontro de Pit e Bull” que ocorreu esta tarde, na Orla Morena. (Foto: Pedro Peralta)

Organizado pelos criadores de cães das raças pit bull e bull terrier em Campo Grande, o “2° Encontro de Pit e Bull” que ocorreu esta tarde, na Orla Morena, promoveu a desmistificação de duas raças que sempre foram vistas como violentas.

Nesta, que foi a segunda edição do encontro no ano, mais de trinta animais posaram para fotos ao lado do mais corajosos, chamaram a atenção das crianças e claro, aceitaram o carinho de quem, mesmo receoso, parou para fazer um carinho nas ferinhas.

Membro do grupo Bulls Comandam MS e uma das participantes no evento, a funcionária pública Isabele Rebecca, conta que os encontros são pensados justamente para permitir o contato da população com as raças e desta forma, diminuir o preconceito.

Aproximadamente 30 animais e seus donos compareceram ao evento. (Foto: Pedro Peralta)

“São animais que sempre tiveram a raça ligada a agressividade e por isso as pessoas criaram esse medo. Mas é um medo que também é alimentado pelo fato de que elas não os conhecem, nunca tiveram um contato mais de perto com um animal que também extremamente carinhoso”, conta. Isabele e o noivo, o interprete de línguas de sinai Marcel Cavalheiro são donos da bull terrier, Akira, de 1 ano e 7 meses.

“Por mais que tenham um porte muito veloz e um histórico agressivo, tanto os pitbulls quanto bull terriers, são animais muito parceiros”, completou Marcel. Mas o medo desse tipo de cão ainda é uma realidade, conta a consultora Erica Garcia, administradora do grupo “Pit e bulls CG MS” e dona da Atena, de 3 anos.

“Quando passeio com ela as pessoas ainda desviam, ficam com medo de que ela possa atacar, quando na prática a gente sabe que isso não vai acontecer porque todo o dono sabe do temperamento do seu animal. Tanto que nos encontros, são poucos os animais que precisam de focinheiras,porque todos são muito dóceis”, explica.

Para o empresário Bambokian dos Santos, o evento é uma oportunidade para quem está disposto a deixar o medo de lado. “Todo o encontro que permite essa interação com os animais, mesmo estes que ainda são vistos como agressivos, é bem vindo”, conta.

Entre um abraço e outro ao cães e até selfie, a autônoma Evelyn Pereira, resumiu que o comportamento dos animais dessa raça, dependem da criação e dos ensinamentos dos donos.

“Eles podem até nascer com uma tendência agressiva, mas na prática, são que nem crianças. Seu comportamento é definido pela forma como são criados. Se o dono sabe cuidar, dar carinho, eles consequentemente vão ser dóceis e não terão um comportamento raivoso”, conclui.

A mobilização aconteceu pelo whatsapp. (Foto: Pedro Peralta)
O encontro foi organizado pelos grupos Pit e bulls CG MS e Bulls Comandam MS. (Foto: Pedro Peralta)
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