Capital

Empresário denuncia abuso de policiais militares durante “batida” no Tijuca

Marcio Breda e Jorge Almoas | 21/01/2011 16:13
Empresário acionou Corregedoria nesta tarde. (Foto: João Garrigó)
Empresário acionou Corregedoria nesta tarde. (Foto: João Garrigó)

Com prejuízos no carro e medo de sofrer represálias, empresário de 28 anos, que pediu para não ter o nome divulgado, procurou hoje a Corregedoria da Polícia Militar para denunciar o abuso de cerca de 15 policiais durante uma abordagem nesta madrugada em uma conveniência no bairro Tijuca, na Capital.

Segundo o empresário, era 1h30 quando ele saiu de casa para comprar refrigerantes na conveniência Jarrão, na Avenida Marechal Deodoro. Após estacionar em frente ao local e entrar na loja, três viaturas - com cerca de 15 policiais, chegaram e iniciaram uma “batida”.

No local, segundo o empresário, haviam 40 pessoas, que foram imediatamente rendidas. Uma das vítimas acompanhou o empresário à Corregedoria nesta tarde.

Durante a operação, o empresário alega que os policiais dispararam balas de borracha e soltaram bombas de efeito moral, que quebraram o pára-brisa e parte da carenagem de seu carro, um VW Gol.

Mesmo mobilizando todos os clientes, os policiais não revistaram ninguém, alega o empresário.

Após a operação, ele tentou avisar um dos policiais de que o vidro de seu carro havia quebrado, mas foi insultado pelo PM com palavrões, garante. “Disse para que eu reclamasse com seu sargento”, lembra o empresário.

Ao chegar em casa, ele decidiu ligar para o 190 (número do Centro Integrado de Operações de Segurança) para saber como deveria proceder. Porém, na linha, outro policial militar perguntou o que ele fazia na conveniência àquela hora da madrugada. Após muita conversa, o policial na linha afirmou que seria feita uma pericia em seu carro.

Ainda na madrugada, 3 viaturas chegaram a sua casa, alegando que fariam a perícia no carro, o que não ocorreu. Os PMs apenas exigiram toda a documentação do carro e do proprietário e se negaram a ver o veículo. “Eles não falaram nada, mas era claro que o objetivo era intimidar”, diz o empresário.

“Não quero que fique impune. Não ligo e nem quero indenização, mas isso não pode ficar assim, os policiais estavam intimidando”, disse o empresário, que afirma que os prejuízos no carro somam R$ 800.

O Comando da Polícia Militar informou ao Campo Grande News que ainda hoje irá se pronunciar a respeito e que irá analisar a operação assim que o caso for registrado na Corregedoria.

Gol do empresário foi atingido por bomba de efeito moral disparada pela PM. (Foto: João Garrigó)
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