Capital

Empresa foi contratada para reparar rachaduras em imóveis da Homex, diz Caixa

Zana Zaidan | 06/02/2014 20:49
Antunes garantiu aos vereadores que os problemas das rachaduras estão sendo resolvidos (Foto: Marcos Ermínio)
Antunes garantiu aos vereadores que os problemas das rachaduras estão sendo resolvidos (Foto: Marcos Ermínio)

A empresa Tecnometta já trabalha na reparação das trincas e rachaduras dos apartamentos entregues pela construtora Homex, do conjunto Paulo Coelho Machado. A afirmação foi feita na tarde de hoje (6) pelo superintendente Caixa Econômica Federal no Estado, Paulo Antunes, na Câmara de Vereadores, durante oitiva da CPI da Homex.

A atuação da empresa na construção de empreendimento vem de antes dos imóveis apresentarem problemas. A Tecnometta vendeu a tecnologia usada no isolamento térmico das paredes e, após negociações com a Caixa, passou a cuidar dos reparos.

“Como a empresa já detinha a tecnologia, a acionamos, e aqueles cujas moradias apresentaram problemas terão esse suporte”, respondeu Antunes ao questionamento do vereador Otávio Trad (PT do B), um dos membros da CPI. A preocupação do parlamentar era quanto ao amparo a quem já mora no conjunto habitacional, já que uma segunda construtora, a VBC Engenharia, entrou em cena para concluir somente os apartamentos em fase de construção e abandonados pela Homex.

Antunes explica que a empresa que a Tecnometta recebeu por fornecer a tecnologia, mas não será paga por efetuar os reparos. “Isso não faz parte do contrato, mas prevaleceu o bom-senso”, justificou.

No entanto, outros vícios de construção, como problemas nas calhas – que causam vazamentos – e o esgoto mal feito, são de responsabilidade da Homex, disse o superintendente.

“O projeto de esgoto e drenagem precisa ser aprovado pela Águas Guariroba. Eles apresentaram a aprovação, o que nós enxergamos como uma carta de viabilidade para dar continuidade à obra”, afirmou Antunes aos parlamentares.

Erros – Sobre os vícios de construção e atrasos no cronograma da obra, alvo de reclamações dos moradores e daqueles que financiaram os imóveis pelo banco, a Caixa alega ter acionado a Homex.

“Os mutuários nos procuraram por diversas vezes (para reclamar). Acionamos a construtora, chegamos a fazer acordos, estabelecer novos cronogramas, tanto para o término do empreendimento quanto para resolver os dos que já tinham sido entregues. Por isso, trocamos a construtora”, acrescentou Antunes sobre a VBC.
A VBC firmou contrato para construir 272 apartamentos que a Homex deixou inacabados, que devem ser concluídos em até 180 dias

O rombo da Homex - Das 3 mil casas que a Homex se propôs a construir na Capital, a empresa vendeu 700, mas não entregou 272. Os que foram entregues, apresentaram problemas, como rachaduras, infiltrações, e falhas na rede de água e esgoto. A construtora também é acusada de calote de R$ 24 milhões com fornecedores, com processos iniciados em 2012 e 2013. No período, teria recebido R$ 50 milhões.

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