Capital

Empreiteira desclassificada tem nova derrota em disputa por obra do Aquário

Sem apresentar documentação exigida, empresa tenta conquistar serviço pela porta dos fundos na licitação

Ângela Kempfer | 18/08/2021 10:35
Vista aérea do Aquário do Pantanal, no Parque das Nações Indígenas. (Foto: Gabriel Marchesi)
Vista aérea do Aquário do Pantanal, no Parque das Nações Indígenas. (Foto: Gabriel Marchesi)

Na novela em que se transformou a conclusão do Aquário do Pantanal, a empreiteira Tecal Engenharia Ltda - desclassificada pela ausência de documento exigido por edital - foi derrotada, mais uma vez, na tentativa de abocanhar o serviço. O Ministério Público de Mato Grosso do Sul manifestou-se por rejeitar liminar solicitada pela Tecal.

“Assim, ante todo o exposto, não se vislumbrando a presença de direito líquido e certo a ser protegido, não restando demonstrada qualquer ilegalidade nos atos e procedimentos do certame, o Ministério Público Estadual manifesta-se pela DENEGAÇÃO DA SEGURANÇA, extinguindo-se o feito com julgamento de mérito”, decidiu o promotor de Justiça Kristiam Gomes Simões, da 2ª Promotoria de Justiça, da Comarca de Campo Grande.

A Tecal tenta vencer licitação para os serviços de automação ligados a circuito interno de TV e climatização, mesmo sem ter apresentado a planilha da composição unitária de preço, exigida pelo edital (subitem 6.1, alínea “b”) e necessária para avaliar a capacidade da empresa de executar o serviço.

Em razão da desclassificação da Tecal, a comissão de licitação passou a analisar a proposta apresentada pela 2ª colocada, a Johnson Control, que apresentou o documento. 

Inconformada, a Tecal ingressou com mandado de segurança em 1° grau requerendo, em caráter liminar, que fosse classificada ou que pudesse apresentar a documentação fora do prazo, mas o pedido foi negado pela Justiça.

A empreiteira, então, recorreu ao Tribunal de Justiça, alegando que se não fosse classificada, o erário público teria um dano de R$ 2 milhões, usando como base para a declaração a proposta da Maksoud Rahe, que sequer teve a documentação analisada por ter ficado apenas na terceira colocação.

Segundo juristas, a informação levou à Justiça, na ocasião, a cometer um erro. A diferença de preço entre a Tecal e a Johnson Control é bem menor, aproximadamente R$ 150 mil.

Diante da informação equivocada, um desembargador deferiu, parcialmente, o pedido e determinou que aquele documento da Tecal fosse analisado, mesmo fora do prazo. O governo do Estado cumpriu a determinação, mas encontrou um erro na planilha e, novamente, a Tecol foi desclassificada, resultando, mais uma vez, na classificação da Johnson.

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