Capital

Emha transfere casal de idosos para o Indubrasil e garante 368 moradias

Prefeitura fecha acordo com moradores para liberar área no Jardim Tarumã, que receberá apartamentos do programa Minha Casa, Minha Vida

Humberto Marques e Danielle Valentim | 07/02/2018 10:43
Desocupação de área no Tarumã teve início nesta quarta-feira e vai garantir a construção de 368 apartamentos no local. (Fotos: Danielle Valentim)
Desocupação de área no Tarumã teve início nesta quarta-feira e vai garantir a construção de 368 apartamentos no local. (Fotos: Danielle Valentim)

Um casal de idosos será transferido pela Prefeitura de Campo Grande de uma área no Jardim Tarumã (no sul da cidade) para o Indubrasil (oeste), a fim de liberar a propriedade para a construção de 368 apartamentos. A desocupação, que já havia sido antecipada pela Emha (Agência Municipal de Habitação), foi realizada na manhã desta quarta-feira (7) e vai garantir que a cidade não perca recursos federais voltados à construção das habitações, que podem abrigar quase 1.500 pessoas.

A ação foi acompanhada pelo diretor-presidente da Emha, Enéas Netto. “O casal vai ser locado em uma área no Indubrasil que ainda vai ser medida. Eles criam gado e porcos, que é a fonte de renda deles. Por isso, firmamos o compromisso de levá-los para essa nova propriedade”, explicou o diretor-presidente.

Netto afirma, ainda, que conforme os censos internos com os quais a Emha trabalha, cada apartamento tem espaço para comportar até quatro pessoas. “Então nessa área podem caber até 1.500 pessoas”, emendou.

Recomeçar – A área era ocupada pelo aposentado Otaviano Justino Pereira, 76, que morava com a mulher há 11 anos no terreno. “A gente trabalhava do jeito que podia. Estou aposentado, mas quando a coluna deixava, trabalhava para ajudar a sustentar a casa”, conta ele. “Agora é começar do zero e acreditar na promessa do novo local”, prosseguiu.

Otaviano e a mulher vão temporariamente para casa no Maria Aparecida Pedrossian, até terreno no Indubrasil estar preparado para mudança

Otaviano ficará momentaneamente em uma casa cedida no bairro Maria Aparecida Pedrossian, até que a área no Indubrasil seja totalmente medida e liberada para seu uso. Os animais continuarão no terreno do Tarumã até a mudança definitiva.

A desocupação no Tarumã havia sido anunciada na segunda-feira (5) por Enéas Netto em coletiva na Emha, quando ele informou que, caso o procedimento não fosse tomado até esta quarta, a cidade poderia perder recursos para a construção dos apartamentos. Otaviano havia pedido na Justiça o direito de permanecer no local, mas foi fechado acordo visando sua saída.

Mais moradias – A propriedade integra um conjunto de imóveis da cidade habilitado pelo Ministério das Cidades para a construção de apartamentos do programa Minha Casa, Minha Vida. No sábado (4), foi cumprida a reintegração de posse de duas áreas no Aero Rancho, no cruzamento das ruas Graciliano Ramos e Globo de Ouro, para a edificação de 448 habitações.

O local era ocupado pela ONG “Ação, Dignidade e Vida” desde março de 2000, mediante permissão de uso. Há cinco meses, porém, as atividades da entidade foram suspensas. Itens da organização foram levados para um depósito na antiga rodoviária.

A prefeitura também construirá 256 apartamentos no Sírio Libanês. No total, serão 1.068 unidades habitacionais, dos cerca de 1.200 inicialmente aguardados –os recursos para construção de apartamentos no Jardim Canguru foram perdidos graças à invasão da área por cerca de 30 famílias.

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