Capital

Em ritmo lento e fora do prazo, obra de UPA é alvo de revolta de moradores

Aliny Mary Dias | 01/08/2013 10:57
Obra deveria ser entregue há dois meses, mas o cenário é um canteiro de obras (Foto: Pedro Peralta)
Obra deveria ser entregue há dois meses, mas o cenário é um canteiro de obras (Foto: Pedro Peralta)

Indignados com o atraso na conclusão das obras da UPA (Unidade de Pronto Atendimento Comunitário) do bairro Bosque Santa Mônica, moradores da região denunciam o ritmo lento na construção e cobram agilidade para que o prédio fique pronto e desafogue a unidade da Vila Almeida, única especializada de atendimento de emergência na região.

Na placa da construção que irá atender ao menos 110 mil moradores da região na saída para Aquidauana, consta que a data de início das obras foi em 30 de maio do ano passado, mas na prática, o terreno de 1,3 mil metros quadrados só começou a ser aterrado e limpado em agosto de 2012.

Orçada em R$ 3 milhões, a previsão para conclusão das obras era de um ano e a UPA deveria ter ficado pronta no dia 30 de maio desse ano. Com o atraso de dois meses, o prédio não tem sinais de que será concluído em breve.

As paredes foram erguidas e a primeira parte do prédio não possui nenhum acabamento. No complexo dos fundos, a estrutura ainda está sendo concluída e os tijolos à mostra deixam claro que a obra ainda levará meses para ser finalizada.

Dono de uma bicicletaria localizada em frente à construção, José Clailton, 43 anos, conta que a obra sempre foi feita em ritmo lento. “A gente sempre vê gente trabalhando, mas são poucos. Eu acredito que ainda leve pelo menos um ano para terminar a nossa UPA”.

O segurança Cesar Ramão, de 44 anos, também acredita que os próximos 12 meses serão de obras sem conclusão. “Eu acho um absurdo, nós dependemos da boa vontade dos políticos e fica nesse descaso”, afirma.

Para José Clailton, obra ainda deve levar mais 1 ano para ser concluída (Foto: Pedro Peralta)

Campo Grande News esteve na obra na manhã desta quinta-feira (1º) e encontrou trabalhadores no local, mas nem sempre a situação é essa, conta a dona de casa Andréia Souza, de 31 anos.

“Eu vejo que o maior problema é a falta de mão de obra. Eles pagam muito pouco e as pessoas ficam em média 15 dias trabalhando ali. Até meu marido já foi procurar emprego, mas o salário é muito baixo”, desabafa.

Para quem precisa de atendimento médico de emergência na região, a única alternativa é a UPA da Vila Almeida, que atende moradores da região Oeste da cidade que compreende os bairros Nova Campo Grande, Jardim Aeroporto, Sayonara, Jardim Petrópolis e Silva Regina.

A superlotação na unidade é reclamação constante de moradores que buscam o atendimento. "Lá é lotado e não tem médico, nós passamos horas para conseguir um atendimento", conta a cabeleireira Marcia Almeida, de 49 anos.

O Campo Grande News entrou em contato com o titular da Seintrha (Secretário Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação), Semy Ferraz, mas não obteve retorno. A assessoria de imprensa da Prefeitura informou que houve a liberação de apenas R$ 200 mil dos R$ 2 milhões previstos para a obra e a previsão de conclusão é no primeiro semestre de 2014.

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