Capital

Em reunião, Assetur diz que sistema de pagamento por cartão terá adaptações

Paula Vitorino | 20/03/2012 10:54
Reunião foi realizada ontem à tarde na Assembleia Legislativa. (Foto: Divulgação)
Reunião foi realizada ontem à tarde na Assembleia Legislativa. (Foto: Divulgação)

Em reunião realizada ontem com o deputado estadual Pedro Kemp (PT) e o sindicato do transporte coletivo, a Assetur (Associação das Empresas de Transporte Coletivo) garantiu que a partir da próxima semana começa a instalação de mais 250 pontos de recarga imediata para os cartões do transporte coletivo urbano, em Campo Grande. Outro compromisso é de que vai ser reforçada a orientação para os motoristas de que nenhum passageiro deve ser recusado, mesmo mediante o pagamento em dinheiro.

O presidente da Associação, João Rezende, informou que com os novos pontos a Capital passará a contar com 300 pontos de recarga. Segundo ele, esse número é suficiente para atender a demanda neste momento, mas pode ser que precise sofrer aumento conforme a resposta dos usuários.

Ele ainda admitiu que o sistema de pagamento só com cartões precisa de adequações para atender a demanda, mas garantiu que as empresas estão atentas as reclamações e vão realizar as melhorias necessárias.

“Atendemos por dia 160 mil pagantes no transporte coletivo e as reclamações não chegam a 1% desse número, mas havendo nem que seja um só problema nós já estamos atentos para resolver”, afirma.

A reunião aconteceu nesta segunda-feira (19), na Assembleia Legislativa, para tratar sobre as constantes reclamações recebidas pelo deputado Kemp sobre a dificuldade em recarregar os cartões de ônibus.

Desde que o cartão passou a ser usado no transporte coletivo, Campo Grande conta com apenas 50 pontos de recarga imediata, onde o cartão pode ser recarregado, e 950 postos de venda do cartão com carga.

Em dinheiro - Durante a reunião também foi cobrado da Assetur o fato de muitos usuários que, em situações de emergência, tentam fazer o pagamento em dinheiro para os motoristas, mas são recusados. A medida é prevista no TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) firmado com o MPE (Ministério Público Estadual) no ano passado.

O presidente da Assetur frisou que existe uma recomendação para todos os motoristas não recusarem passageiros. No entanto, ele esclarece que isso não garante ao usuário o direito de optar pelo pagamento em dinheiro ou "esquecer de recarregar", já que a medida só vale para situações de emergência.

“É o caso de um cidadão que pega o ônibus eventualmente, numa emergência, e não tem o cartão, um turista, uma pessoa idosa ou um usuário que recorre ao ônibus à noite, no fim de semana. São situações extremas”, exemplifica.

Ele justifica que a restrição do pagamento somente a emergências é necessária por se “tratar de uma questão de segurança pública” e apela para a consciência dos usuários, considerando a dimuição do número de assaltos.

“O usuário precisa ter consciência de que pagar em dinheiro é colocar a vida do motorista em risco. Se voltar o dinheiro, voltam os assaltos. Já estamos há mais de 20 dias sem assaltos nos ônibus”, frisa.

Hoje, as empresas associadas à Assetur participam de reunião para avaliar os atendimentos nos últimos meses.

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