Capital

Em pouco tempo de chuva moradores da Vila Popular sofrem com ruas alagadas

Paula Maciulevicius e Viviane Oliveira | 01/04/2011 17:00

Moradores contam que toda vez que chove, vias e casas ficam inundadas

Levantar móveis já virou rotina para moradores da Vila Popular. (Foto: João Garrigó)
Levantar móveis já virou rotina para moradores da Vila Popular. (Foto: João Garrigó)

A chuva forte do começo da tarde trouxe transtornos aos moradores da Vila Popular, em Campo Grande. Apesar de rápida, ruas do bairro e casas foram alagadas.

Na Avenida Rádio Maia, mesmo depois de ter saído o sol, os moradores ainda tiravam água das casas. Segundo eles, toda vez que chove, a cena se repete.

A chuva intensa dificultou o trânsito para quem passava pelo local. As ruas ficaram de baixo d’água e semelhantes a um rio.

Para o aposentado Braz Pereira Neto, 56 anos, o problema está nas bocas-de-lobo. Ele acha que o sistema não dá conta de descer toda a água. O morador conta que nos 21 anos que mora no bairro, toda vez que chove, é um problema.

“Este ano já entrou água em casa. Tenho medo de que aconteça o que houve em 2006. Choveu tanto que o muro caiu de fora a fora”, conta.

Braz mora em frente ao Córrego Imbirussu, e acrescenta que a solução seria afunda-lo.

“Só afundando o córrego e colocando mais bocas-de-lobo que já resolve”, completa.

Retirar os móveis e eletrodomésticos de casa virou rotina para o índio terena Venízio Sales, 41 anos. A água da chuva também entrou na casa dele, e queimou a geladeira pela segunda vez.

“Essa água vem do frigorífico. Tem uma comporta que armazena e quando ela está fechada, não tem para onde a água ir”, explica.

Para o morador Ronaldo do Nascimento, 26 anos, os constantes alagamentos começaram a acontecer depois das obras da Orla Morena.

“Antes das obras já tivemos chuvas piores. De chover o dia todo e não ficava assim”, relata.

O coordenador do Cras (Centro de Referência da Assistência Social), Sandro da Costa, esteve no bairro a serviço para fazer o pronto atendimento padrão em situações de chuva.

De acordo com Sandro, tiveram famílias que nas outras vezes perderam alimentos, documentação, móveis. Como a região é habitada por indígenas o Cras é acionado para dar assistência.

Na mesma região, a Avenida Duque de Caxias, próxima ao viaduto Márcio Carvalho, se transformou em rio.

A vendedora ambulante, Maria de Assis, 63 anos, conta que á água vem com tanta força que os motociclistas têm até dificuldade para passar. Para ela, a chuva vem descendo e chega mais intensa a região.

“Toda essa chuva desce do Nova Campo Grande”, comenta.

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