Capital

Em mais uma interdição, 58 lojas da antiga rodoviária são fechadas

Bombeiros impediram a ocupação do prédio por falta de estrutura para combate a incêndio

Bruna Kaspary | 09/04/2018 11:07
Todos os comerciantes do Prédio da Antiga Rodoviária tiveram que fechar as lojas (Foto: Saul Schramm)
Todos os comerciantes do Prédio da Antiga Rodoviária tiveram que fechar as lojas (Foto: Saul Schramm)

A segunda interdição desde 2015 do prédio da antiga rodoviária causou o fechamento de 58 lojas que funcionavam no local nesse sábado (7). De acordo com o Corpo de Bombeiros, o projeto de combate a incêndios do local está irregular.

 

Dentre os problemas mais graves, estão as saídas para escapar das chamas - a distância entre uma e outra não deve ser maior que 50 metros, o que não ocorre no prédio que tem longos corredores, principalmente no piso superior.

A síndica do prédio, Rosane Mely de Lima, afirma que há um projeto que já foi aprovado pelo Corpo de Bombeiros, isso na primeira interdição. "Nós conseguimos um certificado provisório, quando a prefeitura instalou os equipamentos que cabia a ela, no dia seguinte fui pedir a vistoria para o certificado definitivo e tinham roubado tudo".

 

Desde sábado, todas as lojas estão fechadas (Foto: Saul Schramm)

O tenente Pedro Paulo Barros da Costa explica que realmente houve a certificação provisória, mas o tempo de vigor é de apenas seis meses, e desde então o prédio tem funcionado sem nenhuma autorização.

"Quando nós viemos aqui fazer a vistoria no prédio, na sexta-feira, testamos os alarmes de incêndio e todo o sistema estava desligado, porque algumas botoeiras já tinham sido quebradas e o alarme, se não for feita a manutenção no sistema, fica acionado direto", exemplifica o tenente.

A síndica ainda explica dizendo que o sistema estava desligado justamente por causa desse alarme que estava ligado constantemente, e isso incomodava os lojistas. Ela ainda lembra que o acionamento foi feito por moradores de rua e usuários de drogas que ocupam o prédio durante a noite.

Ainda segundo o tenente, depois da primeira interdição, o condomínio de lojas recebeu mais duas notificações, em 2016 e 2017. "Além da interdição, eles foram multados em mais de R$ 6 mil. Ainda é possível que recorram para não pagar a multa, isso se se atentarem aos prazos de recurso e apresentarem um novo projeto que se encaixe no exigido".

Para a desinterdição do prédio, será necessário que o projeto de combate à incêndios seja atualizado e só então, os 58 lojistas poderão reabrir suas lojas.

Até mesmo os corredores do prédio tiveram as portas fechadas para evitar o trânsito de pessoas (Foto: Saul Schramm)
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