Capital

Em júri, réu de execução por engano com 9 tiros é absolvido da acusação

Por maioria, jurados votaram que Jeferson Dudas não atirou na vítima, morta a tiros em janeiro de 2015

Silvia Frias | 16/08/2022 12:28
Juiz Carlos Garcete ouve depoimento do réu, Jeferson Dudas. (Foto: Henrique Kawaminami)
Juiz Carlos Garcete ouve depoimento do réu, Jeferson Dudas. (Foto: Henrique Kawaminami)

Por maioria dos votos, Jeferson Ramos Dudas, 43 anos, o “Jefinho Branco”, foi absolvido da morte de Clécio de Souza, em crime ocorrido no dia 3 de janeiro de 2015. Os jurados votaram contra o quesito que questionava se ele teria atirado contra a vítima, morta aos 33 anos, por engano.

O julgamento foi realizado esta manhã, pela 1ª Vara do Tribunal do Júri, em Campo Grande. Segundo a denúncia, Jeferson Ramos, teria dado carona em sua motocicleta a Joilson da Silva Vieira, 46 anos, o Juninho Play.

No inquérito, constam depoimentos divergentes das testemunhas: uma disse que os tiros foram disparados somente por Juninho Play, outros dois alegaram que os disparos foram feitos pelo condutor da moto e pelo garupa. O reconhecimento do réu foi feito por fotografia.

No depoimento hoje, Jeferson negou autoria do crime e disse que, no momento do crime, estava em um bar com mais quatro amigos, de onde saiu somente no fim da tarde.

Na sustentação oral, o promotor José Arturo Iunes Bobadilla Garcia pediu a condenação do réu, enquanto o defensor público Ronald Calixto Nunes pediu absolvição por negativa de autoria. Testemunhas não foram convocadas para o júri.

O juiz da 1ª Vara do Tribunal do Juri, Carlos Alberto Garcete, julgou improcedente a acusação e absolveu o réu, com base na votação da maioria dos jurados. O julgamento acabou por volta das 12h.

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