Capital

Em esquema de furtos, bandidos falsificavam até documentos de motos na Capital

Grupo em Audi mirava motos estacionadas na região central da Capital

Dayene Paz e Bruna Marques | 11/08/2022 07:39
Depac Centro, em Campo Grande, para onde Kelwin foi levado. (Foto: Henrique Kawaminami)
Depac Centro, em Campo Grande, para onde Kelwin foi levado. (Foto: Henrique Kawaminami)

Kelwin Espíndola de Azevedo foi preso por policiais militares do Batalhão de Choque ao ser flagrado na entrega de uma motocicleta furtada, na manhã desta quarta-feira (10), na Vila Almeida, em Campo Grande. Ele acabou detalhando esquema de furtos de motos, que eram anunciadas para venda no Facebook. Os criminosos, inclusive, produziam um documento “nada consta”, para ludibriar os compradores. 

Os militares chegaram até Kelwin após furto de uma motocicleta Yamaha YBR, na manhã de ontem. O dono, ao registrar o boletim de ocorrência, contou que deixou o veículo estacionado na Rua Marechal Rondon, esquina com Avenida Calógeras, Centro da Capital. 

Durante rondas, os policiais perceberam que um rapaz se preparava para estacionar a moto furtada na Rua Ministro José Linhares, em frente ao UPA (Unidade de Pronto Atendimento), da Vila Almeida. Abordado, Kelwin se identificou como proprietário da Yamaha, apresentando, inclusive, uma cópia de documento (nada consta) como forma de comprovar o que estava dizendo. 

Contudo, os policiais informaram que a motocicleta constava como furtada na manhã do mesmo dia, fazendo com que Kelwin confessasse o crime e detalhasse sua participação.

Como agiam - Kelwin disse que o esquema se baseava em furtar motos nas primeiras horas do dia, ou seja, aproveitando quando os proprietários estavam em horário de serviço, principalmente na região central. 

O grupo seguia para os locais em um veículo Audi cor prata, pertencente a um homem identificado como “Vladmir”. O veículo escolhido era ligado por Creone Cabral Ferreira, que utilizava uma chave micha. Em seguida, os veículos eram anunciados em páginas do Facebook como “bobs”. 

Kelwin afirmou ser o responsável apenas pelas entregas após as vendas. Segundo ele, Creone não aparecia nas entregas, ficando sempre à espreita aguardando a concretização da venda, dessa maneira, mesmo que a vítima testemunhasse o crime, não conseguiria reconhecê-lo. 

Além disso, Kelwin confessou que o documento “nada consta” foi produzido pelos criminosos na data do furto e costuma dobrá-lo várias vezes para ganhar a aparência de usado e, com isso, ludibriar os pretensos compradores. 

O rapaz foi preso e levado para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro. A polícia agora procura por Creone e Vladmir.

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