Capital

Em escritório de advocacia, 2º alvo de operação contra pedófilos é preso

Primeira prisão aconteceu no meio da manhã desta sexta-feira (20), no bairro Guanandi; o segundo preso é um advogado, de cerca de 60 anos

Anahi Zurutuza, Bruna Kaspary e Geisy Garnes | 20/10/2017 13:25
Delegada Marília de Brito Martins responsável pela equipe que fez buscas em escritório e advocacia (Foto: André Bittar)
Delegada Marília de Brito Martins responsável pela equipe que fez buscas em escritório e advocacia (Foto: André Bittar)
Nas mão do investigador, computador apreendido em um dos endereços vasculhados (Foto: André Bittar)

Um advogado, com cerca de 60 anos, foi preso em flagrante no fim da manhã desta sexta-feira (20) durante a Operação Luz da Infância, deflagrada simultaneamente em 24 Estado e no Distrito Federal e que mira pedófilos. De acordo com a Polícia Civil, o homem tinha armazenado material pornográfico infantil.

A quantidade de imagens e vídeos chocou até policiais que fizeram a busca no escritório de advocacia localizado na que fica em prédio comercial na rua Santa Tereza, no Itanhangá, um bairro nobre de Campo Grande.

No local, a equipe e comandada pela delegada Marília de Brito Martins, da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), fez buscas por cerca de cinco horas.

Antes de sair da unidade da Polícia Civil na Capital, por volta das 8h, a delegada disse à reportagem que estava sob a responsabilidade dela o cumprimento de mandado contra o principal alvo da operação em Mato Grosso do Sul. Três mandados de busca e apreensão foram expedidos para cumprimento em Campo Grande.

Equipe saindo da Depca para cumprir mandados de busca e apreensão em Campo Grande (Foto: André Bittar)

Prisão – A primeira prisão aconteceu mais cedo, no bairro Guanandi, bairro da região sul de Campo Grande. Um vendedor, de aproximadamente 30 anos, foi flagrado com arma e drogas. “Tinha tudo na casa dele”, afirmou o delegado titular da Depca, Paulo Sérgio Lauretto, sem dar mais detalhes.

De acordo com o advogado do suspeito, Ronaldo Franco, a polícia chegou até o homem pois ele havia baixado da internet diversos vídeos pornográficos. No entanto, no pacote, vieram alguns que envolviam menores de idade, ainda conforme o defensor.

O advogado alega que a prisão do suspeito não tem ligação com a operação. “Durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão, a polícia encontrou 70 gramas de maconha e uma arma calibre 22”, disse, aproveitando para revelar, que o computador do homem também foi apreendido.

No Brasil – A megaoperação, que envolve ao menos 1 mil policiais, combate o compartilhamento de imagens de crianças, que é crime segundo o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).

A ação é coordenada pela Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública) junto com a Polícia Civil de São Paulo. Conforme apurou o G1, até agora, ao menos 90 pessoas foram presas em flagrante.

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