Capital

Em dia de Parque dos Poderes fechado, população cobra segurança

Ricardo Campos Jr. e Guilherme Henri | 08/07/2017 16:52
Apenas uma pista fica liberada para os veículos. Cones dividem as mãos da via (Foto: André Bittar)
Apenas uma pista fica liberada para os veículos. Cones dividem as mãos da via (Foto: André Bittar)

A falta de segurança e sinalização é motivo de reclamações entre as pessoas que aproveitam os horários em que uma das pistas da Avenida do Poeta, no Parque dos Poderes, é fechada para caros e fica livre para a prática de caminhada e bicicleta. Além disso, o espaço carece de eventos e atividades maiores que incentivem a população a ir até o local.

Motoristas que passam pelo local são avisados sobre o bloqueio apenas por placas e cones. Em 15 minutos no local neste sábado (8), o Campo Grande News flagrou quatro condutores invadindo a área reservada para os pedestres.

PM garante que fica no local durante todo o período interdição, mas deixa posto apenas durante rondas (Foto: André Bittar)

Dois policiais militares do BPTran (Batalhão de Polícia de Trânsito) chegaram depois ao local. Eles disseram que permanecem na avenida enquanto ela está fechada, mas que em certos momentos têm que fazer rondas para checar se a situação está sob controle e deixam o posto vazio, quando os condutores costumam fazer “estripulias”.

A quantidade de agentes pela extensão do projeto parece ser insuficiente. A dentista Fani Carvalho, 38 anos, levou o filho de 10 anos ao local para andar de bicicleta. Segundo ela, embora o passeio seja divertido, há o receio de que a qualquer momento algum caro apareça do nada e provoque algum acidente.

“Eu acredito que só os cones não são suficientes e fico preocupada porque crianças e adolescentes frequentam o local”, disse.

Fani afirma que falta divulgação sobre o espaço. Segundo ela, muitas pessoas não sabem que a avenida é fechada não apenas aos domingos, quando o movimento normalmente aumenta, mas também aos sábados.

O auxiliar de negócios Wilson Braga, 51 anos, costuma caminhar no bairro, mas não conhecia o projeto da Avenida do Poeta. Ao se deparar com a interdição hoje, decidiu praticar o esporte no local. “A iniciativa é boa, só há desorganização na sinalização”, pontua.

Ele também opina que o poder público deveria implementar atividades esportivas no local para atrair mais pessoas à prática de exercícios.

Dentista levou o filho para andar de bicicleta na avenida e diz que sinalização gera sensação de insegurança (Foto: André Bittar)

A corretora Lucilene Pereira, 47 anos, pratica ciclismo no local. Ela acredita que a realização de eventos não esportivos no local faria o projeto perder o foco, já que na avaliação dela a interdição serve para fomentar a caminhada e o uso de bicicletas. “O local é bem mal sinalizado e os caros invadem por falta de instrução. Entram em alta velocidade e não diminuem, colocando em risco a vida de quem está na pista”, completa.

Segundo a PM, quem for pego invadindo a pista dos pedestres e for flagrado cometerá infração grave, somará cinco pontos na carteira e pagará multa de R$ 195.

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