Capital

Em dia de júri, defesa diz ter provas de inocência sobre morte em motel

Fernanda Aparecida Sylverio está sendo julgada pela morte do ex-superintendente do governo, Daniel Abuchaim, em motel da capital

Silvia Frias e Paula Maciulevicius Brasil | 13/11/2020 08:15
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

A defesa de Fernanda Aparecida da Silva Sylverio Costa acusada da morte do ex-superintendente de Gestão de Informações do governo estadual, Daniel Nantes Abuchaim diz que irá apresentar hoje, durante o julgamento, provas da inocência da acusada e pedir absolvição.

Fernanda está presa desde dia 21 de novembro, dois dias após o assassinato de Abuchaim, em motel de Campo Grande. O corpo dele foi deixado às margens de estrada vicinal, no Jardim Veraneio.

O padrasto e o irmão de Fernanda chegaram há pouco no Fórum de Campo Grande para acompanhar a sessão de julgamento. Por gestos, indicaram à reportagem que não queriam falar sobre o assunto, apenas confirmaram que não a veem há algum tempo.

Fernanda ainda não chegou ao local. A defesa adiantou que ela não estará com o uniforme laranja, que pode criar ideia negativa para os jurados. Ela virá de roupa clara, sendo camiseta longa e uma calça. 

O advogado de defesa Dayver Magnum, acompanhado de Mamede da Costa Soares Neto e Felipe Sampaio, disse que irá pedir a absolvição de Fernanda e deve apontar durante a argumentação a possibilidade de terceira pessoa no homicídio.

Fernanda, em audiência no dia 12 de fevereiro de 2019 (Foto/Arquivo)

Magnum diz que há provas concretas para confirmar a tese da defesa, argumentos que também serão conhecidos pelos familiares de Fernanda. 

" É importante para poder entender a situação toda porque, assim como a sociedade, eles ficaram de fora e não viram os autos", disse. "Nós acreditamos na inocência dela e faremos de tudo pra provar, não será inventado nada, dito nada que não esteja nos autos nem observado até o momento", explicou.

O caso – Fernanda apresentou várias versões do crime após ter sido presa. Inicialmente, alegou que cometeu o crime sozinha, por vingança a um possível assédio contra a namorada. 

Dias depois mudou a versão, afirmou que Daniel foi morto por um desconhecido e que só assumiu o homicídio após ter sido ameaçada. Em depoimento à justiça, reforçou sua inocência e revelou ter sido sequestrada e forçada a participar do homicídio.

O advogado contesta a mudança de versões. "Isso é questão de mérito já afirmo que não houve, é uma interpretação da acusação para prejudicar ela. "

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