Capital

Em carta, máfia do cigarro tenta incriminar comandante da PM

Nadyenka Castro | 06/02/2012 20:25

 

Coronel David é alvo de farsa armada pela máfia do cigarro. (Foto: João Garrigó)
Coronel David é alvo de farsa armada pela máfia do cigarro. (Foto: João Garrigó)

Em carta, policiais militares presos ano passado por envolvimento com contrabando de cigarros tentam incriminar o comandante da PM (Polícia Militar) coronel Carlos Alberto David dos Santos.

A mesma máfia que ameaçou matar o oficial, acusa o coronel de estar envolvido em esquema de corrupção.

Na tentativa de sujar o nome do comandante da PM, é citado que Carlos Alberto David recebia dinheiro de contrabandistas de cigarros e também teria forjado promoções de oficiais.

Para o comandante da PM, a máfia do cigarro armou a farsa como forma de vingança ao trabalho de combate à corrupção no meio policial.

“Isso é o resultado do trabalho de sanear a Polícia Militar. Estamos fazendo um combate sem trégua contra a corrupção. Isso não vai nos afastar do nosso objetivo”, declarou Carlos Alberto David.

Na denúncia anônima é citado também nomes de outros oficiais do alto escalão da PM. A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública teve conhecimento da “Carta Aberta às Autoridades de Mato Grosso do Sul” durante desdobramentos das três operações realizadas ano passado de combate à corrupção na PM.

A Secretaria de Segurança determinou que fosse apurado as denúncias da "carta anônima" e, depois das investigações, chegou a conclusão que não passava de represálias as prisões de oficiais envolvidos com a máfia do cigarro.

A reportagem do Campo Grande News apurou que, depois das prisões, foi formado pelo menos dois grupos distintos da máfia do cigarro dentro do Presídio Militar Estadual: um que tenta incriminar o comandante da PM e outro que não participa das armações.

A máfia do cigarro teria ‘ajuda’ ainda de coronel da reserva da PM e de um tenente-coronel da ativa, que tentam manchar a imagem e o trabalho do atual comandante da PM.

Ameaças- A máfia do cigarro foi desmantelada em três operações realizadas ano passado. Na última, a Alvorada Voraz, foi preso Alcides Carlos Grejianim, conhecido como Polaco, apontado como o maior contrabandista de cigarros do Paraguai para o Brasil.

Foram presos pelo menos 26 policiais militares que estariam recebendo dinheiro para facilitar a entrada de produtos contrabandeados - principalmente cigarros - no Brasil.

Pelo menos 10 destes militares foram soltos na semana passada. Um dos presos já está expulso da corporação.

Além do envolvimento com o contrabando, o grupo é apontado como autor de ameaças de morte ao comandante-geral da PM e ao ex-comandante da Polícia Rodoviária Estadual, major Joilson Queiroz.

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