Capital

Em ato contra Dilma, medo de ter que cortar supérfluos também é bandeira

Flávia Lima e Caroline Maldonado | 15/03/2015 17:23
Grupos de amigos vestiam verde e amarelo e se encontraram em esquinas do centro para participar de ato. (Foto:Marcelo Calazans)
Grupos de amigos vestiam verde e amarelo e se encontraram em esquinas do centro para participar de ato. (Foto:Marcelo Calazans)

A reclamação pela alta dos preços e o receio de ter que cortar itens supérfluos de sua lista de compras foi um dos motivos que tirou de casa a funcionária pública Cristiane Mônaco para pedir o impeachment da presidente Dilma Roussef, na tarde deste domingo (15) em Campo Grande. Ela disse estar “revoltada” com o governo petista devido a política econômica adotada.

“Ainda não fiz cortes no orçamento, mas do jeito que está, provavelmente no futuro os gastos vão influenciar na parte dos supérfluos”, diz.

A amiga Katia Lago também criticou a alta da gasolina e da inflação. “Tudo isso tornou meu orçamento mais difícil. Por enquanto ainda não precisei fazer cortes, mas esta tudo muito caro”, reclamou.

Também integrando o grupo estava a arquiteta Marcia Ribeiro que se mostrou descrente do movimento. “Acho que a manifestação não vai mudar em nada, mas quero mostrar meu descontentamento com a Dilma”, afirmou.

Para as amigas, não há um político idôneo, de honestidade ilibada para assumir o lugar da presidente, caso realmente ocorra o impeachment, porém todas concordam que a situação política precisa ser transformada.

“Não ficaria contente se o Temer assumisse, mas temos que tirar a Dilma”, protesta Marcia. Já as colegas Cristiane e Katia acreditam que Aécio Neves, que disputou as eleições com Dilma, seria a melhor alternativa para melhorar o cenário político do país. “Não vejo uma pessoa ideal, mas acredito que o Aécio seria uma boa pessoa para assumir o governo”, destaca.

“Queremos apenas que tire o PT do poder, que causou tanta roubalheira. Estamos cansados disso”, emendou a amiga Katia Lago.

As amigas se encontraram no parque Belmar Fidalgo, de onde seguiram para a praça do Rádio Clube para participarem do ato. Vários grupos tiveram como ponto de encontro o Belmar e as ruas próximas ao parque.

Nas ruas que dão acesso à Afonso Pena, o tráfego foi interrompido pelos quarteirões por onde passam os manifestantes. Muita gente estaciona o carro e segue a pé para a avenida.

O protesto segue com tranquilidade em Campo Grande, inclusive, com muitas crianças.

A organização é muito superior a de grandes manifestações populares, como as que ocorreram em junho pelo Brasil. Há 2 trios elétricos e até o uso de drones para registrar as imagens, além de muitos paus de selfie.

A maioria grita pela saída da presidente Dilma. Só alguns, bem mais exaltados, pedem a "morte" dos petistas.

Criança...
e jovens na manifestação.
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