Capital

Em 7º julgamento, Nando é absolvido de assassinato por falta de provas

O Serial Killer já foi condenado a 87 anos e seis meses de prisão e Caso Nando pode chegar a 35 julgamentos

Geisy Garnes | 10/05/2019 17:33
Nando acompanhou o julgamento por videoconferência (Foto: Henrique Kawaminami)
Nando acompanhou o julgamento por videoconferência (Foto: Henrique Kawaminami)

Luiz Alves Martins Filho, o Nando, foi absolvido em seu 7º julgamento, que aconteceu nesta sexta-feira (10) no plenário da 2ª Vara do Tribunal do Júri em Campo Grande. O serial killer foi a júri nesta manhã pela morte de Ariel Fernando Garcia Lima Teixeira, assassinado com seis tiros no ano de 2014.

Enquanto o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) defendia a condenação de Nando, e do comparsa dele Claudinei Augusto Orneles, por homicídio qualificado por recurso que dificultou a defesa da vítima, os advogados e a defensoria pediam a absolvição dos dois por falta de provas.

Pela maioria dos votos, o conselho de sentença absolveu Nando e Claudinei do assassinato. Ariel Fernando foi morto no entorno do Comando Militar, no Parque dos Poderes, em 2014. Ele seria, segundo as investigações da polícia e a denúncia do Ministério Público, uma das primeiras vítimas do serial killer.

Logo que foi preso, no fim de 2016, Nando confessou a polícia o assassinato. Ele narrou que tinha convidado Ariel para um programa sexual, mas por discordância no valor, atirou. Hoje, diante do juiz, chorou e negou ter cometido o crime.

Claudinei também mudou a versão contada na delegacia e no tribunal negou envolvimento no crime. Antes, havia dados detalhes e afirmado o assassinato aconteceu porque Ariel havia furtado pasta-base de Nando.

Na época contou que Nando foi até sua casa de carro à casa de Claudinei e que ao entrar no veículo encontrou Ariel no banco de trás. Depois, seguiram para o local onde a vítima foi morta. Ele disse ainda que ficou de vigia na rua. Nando teria trocado carícias com Ariel e dito que ia ao carro pegar preservativo. Mas foi buscar a arma e atirou.

Nos outros assassinatos Nando costumava usar uma corrente de máquina, provocando a asfixia da vítima. Na sequência, enterrava os corpos num cemitério particular, no bairro Danúbio Azul. As vítimas de Nando eram, em maioria, mulheres jovens, pobres e usuárias de drogas. Foram 16 pessoas mortas entre os anos de 2012 e 2016.

Nando já foi condenado a 87 anos e seis meses de prisão. O Caso Nando deve resultar em 35 julgamentos, o mais extenso na história do Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul. (Matéria editada para correção de informação)

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