Capital

"É quase impossível", diz polícia sobre descobrir quem jogou remédios em córrego

Inquérito foi aberto, mas levamento de equipes da Vigilância Sanitária indica dificuldade de rastrear lote

Liniker Ribeiro | 28/04/2021 16:15
Remédio jogados na beira do Córrego Lageado em outubro. (Foto: Paulo Francis / Arquivo)
Remédio jogados na beira do Córrego Lageado em outubro. (Foto: Paulo Francis / Arquivo)

Cinco meses após diversas caixas de remédios serem encontrados descartados irregularmente em córrego de Campo Grande, finalmente o caso é investigado pela Polícia Civil. Porém, apesar de inquérito aberto pela Decat (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Atendimento ao Turista), chegar a autoria do descarte “é praticamente impossível”, destaca o delegado responsável pelo caso, Maércio Alves Barbosa.

“Pelas informações que recebemos dos fiscais que fizeram a análise desse material, não há como identificar a origem, saber para quem os medicamentos foram vendidos, ou seja, quais são as empresas que receberam o lote. Isso, porque, a numeração das caixas de remédio, referem-se a mais de um destinatário, poderia ser medicamento vendido para qualquer empresa do país”, revela a autoridade policial.

Mesmo com essa dificuldade, inquérito foi aberto e fiscais da Vigilância Sanitária de Campo Grande serão chamados para prestar mais detalhes sobre o caso. Os levantamentos feitos pela equipe da prefeitura foram entregues à Decat por meio de documento elaborado pelos fiscais.

“Logicamente os medicamentos foram enviados para cá, dificilmente a pessoa sairia de outro lugar para descartar aqui, mas é difícil de identificar”, ressalta Maércio, lembrando ainda não haver imagens que ajudam a rastrear quem possa ter jogado os medicamentos em local irregular. “É difícil fazer o rastreamento reverso”.

O caso - Os remédios foram jogados na beira do Córrego Lageado. O primeiro flagrante chegou ao Campo Grande News pelo canal Direto das Ruas. No local, a reportagem apurou que em meio às centenas de caixas descartadas, grande parte seria de medicamentos lacrados e com prazo de validade para 2021.

A maioria era de remédios tarja preta e/ou vermelha, como Nitazoxanida, Alprazolam, Clobazam, Nitazoxanida, Hemitartarato de Zolpidem e Sulfato de Morfina.

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