Capital

Dono de empresa de informática é preso em ação contra fraude no Detran

Além da prisão, a empresa foi alvo de buscas do Gaeco nesta manhã em Campo Grande

Aline dos Santos e Marta Ferreira | 29/08/2017 10:38
Gaeco faz operação no Detran nesta terça-feira.
 (Foto: Marcos Ermínio)
Gaeco faz operação no Detran nesta terça-feira. (Foto: Marcos Ermínio)

O empresário Jonas Schimidt das Neves, dono da empresa Digix, a antiga Dighito Brasil, foi preso durante a operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) nesta terça-feira (dia 29). A ação, batizada de Antivírus, investiga crimes de corrupção ativa e passiva no Detran/MS (Departamento Estadual de Trânsito).

Advogado do empresário, Ronaldo Souza Franco disse que a prisão é temporária e foi assinada pelo juiz Mario Jose Esbalqueiro Junior, que atua na 2ª Vara de Execuções Penais. Franco disse que ainda não sabe o motivo da prisão, por isso não tem condições de apresentar posicionamento da defesa. O advogado afirma que o pedido de detenção se refere a um procedimento de 2015.

“O Ministério Público tem todo direito e a prerrogativa de investigar. O que estranhamos é que o meu cliente nunca foi ouvido sobre essa investigação”, afirma.

Além da prisão, a empresa foi alvo de buscas do Gaeco nesta manhã e por isso os funcionários não puderam trabalhar. A Digix fica localizada na rua Spipe Calarge, Jardim TV Morena.

Alvo também da 4ª fase da operação Lama Asfáltica, realizada em maio deste ano pela PF (Polícia Federal), a empresa atua no desenvolvimento de soluções tecnológicas para ajudar o setor público a melhorar seus serviços.

A assessoria de imprensa confirmou a informação da prisão, mas disse que não poderia falar sobre ocorrido. Segundo informado, a empresa vai colaborar com as investigações.

O Gaeco também prendeu o ex-deputado estadual Ary Rigo, que teve seis mandatos na Assembleia Legislativa. A operação cumpriu mandado de busca e apreensão na sua casa, no residencial Alphaville, em Campo Grande.

De acordo com o advogado Carlos Marques, o ex-deputado não tem empresas e não se sabe o motivo da ordem de prisão.

Na operação Antivírus, são investigados os crimes de corrupção ativa e passiva, fraude à licitação, peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro. A ação mira contratos de informática celebrados entre empresas e o poder público.

Ao todo, são cumpridos 9 mandados de prisão preventiva, 3 de prisão temporária e 29 mandados de busca e apreensão.

 

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