Capital

Dono de conveniência que viu morador de rua ser morto confirma versão de militar

Elverson Cardozo e Jeozadaque Garcia | 17/01/2012 20:55
Segundo o comerciante, o morador de rua provocou o militar. (Foto: Simão Nogueira)
Segundo o comerciante, o morador de rua provocou o militar. (Foto: Simão Nogueira)

A Polícia ouviu na tarde desta terça-feira (17) o dono da conveniência que presenciou a morte de um morador de rua na manhã do último sábado (17), no bairro Amambai, em Campo Grande. Em depoimento na 6ª delegacia de policia, Braz Inácio Severiano, de 70 anos, confirmou a versão do autor, um sargento aposentado do Exército.

Braz contou à polícia que o militar foi até seu comércio - localizado na rua Joaquim Dornelas, esquina com a Avenida Salgado Filho – por volta das 9h, para comprar leite e pães como faz todos os dias.

No local, “Seu Lima” teria sido provocado pela vítima, que na região era conhecido apenas como “Bugre”. Segundo o comerciante, em tom de deboche o morador de rua disse que o carro do militar era “bom para levar para Ponta Porã e vender”.

O militar o ignorou e, em seguida, “Bugre”, que estava armado com uma faca, levou a mão até a cintura e disse que iria “sangrá-lo”, momento em que o aposentado pegou a arma que carregava embaixo do banco do veículo e efetuou três disparos que atingiram o peito da vítima.

A arma utilizada na ação – um revólver calibre 38 de cano longo – já está em poder da polícia. Uma faca, que ainda deverá passar por perícia, foi encontrada pela PM (Polícia Militar) ao lado do corpo.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Walmir de Moura Fé, o militar aposentado vai responder pelo crime de homicídio simples, em liberdade.

Walmir afirmou que não há elementos para pedir a prisão preventiva ou temporária do acusado, já que o autor tem residência fixa e está colaborando com as investigações.

Em 10 dias deve ficar pronto o laudo necroscópico que vai ajudar a polícia na identificação da vítima. Ele não portava nenhum documento de identificação.

Entre os moradores do bairro Amambai, onde o crime aconteceu, “Bugre” tinha fama de “encrenqueiro”.

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