Capital

Dois agressores de jovem na Capital tinham passagem pela Polícia

Fabiano Arruda e Viviane Oliveira | 20/04/2011 14:57

Informação foi divulgada por delegada nesta quarta-feira

Dupla que participou de agressão prestou depoimento ontem à tarde na Depac. (Foto: Simão Nogueira)
Dupla que participou de agressão prestou depoimento ontem à tarde na Depac. (Foto: Simão Nogueira)

Dois dos quatro rapazes envolvidos na agressão a um jovem homossexual na madrugada da sexta-feira passada em Campo Grande tinham passagem pela Polícia, afirmou nesta quarta-feira a delegada Daniella Kades.

Na ficha criminal de um deles (de camiseta verde na foto) consta passagens por lesão corporal, violência doméstica e rixa.

O outro jovem (com a perna engessada na foto) tem passagem por outras fraudes, que configura “tomar refeição em restaurante, alojar-se em hotel ou utilizar-se de meio de transporte sem dispor de recursos para efetuar o pagamento”.

Segundo a delegada, os quatro envolvidos negaram que as agressões tiveram motivação homofóbica, ao contrário do que foi afirmado ontem pela manhã na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário).

Kades garantiu que o caso foi encerrado e que eles serão indiciados por injúria e lesão corporal leve, que, ao todo, pode resultar pena de um ano e seis meses.

Conforme a delegada, a ação do quarteto não foi enquadrada em formação de quadrilha, pois eles teriam de ter praticado outros crimes juntos e o episódio de sexta-feira teria de ser premeditado.

Não houve premeditação na agressão porque os jovens se envolveram antes numa confusão num posto de combustíveis da Capital, saíram pela cidade e posteriormente agrediram o rapaz, explicou a delegada.

O caso também não se encaixou em injúria qualificada, que prevê três anos de reclusão, segundo Daniella, porque não se trata de ofensas contra raça, cor, etnia, religião, origem, pessoas idosas e portadores de deficiência.

“Homofobia ainda não tem (tipificação) e por isso não é injuria qualificada”, afirma.

O amigo do jovem agredido na sexta-feira, que presenciou as agressões, mas não foi atingido, passou de testemunha no caso para vítima, pois alegou que também sofreu injúria, o que, no entanto, não altera o processo e a pena do quarteto.

O caso corre em segredo de Justiça, a pedido da família da vítima.

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