Capital

Dois acusados de pedofilia devem ser julgados em breve, diz promotor

Jorge Almoas e Danúbia Burema | 03/02/2011 19:46

Dois casos envolvendo acusação de pedofilia em Campo Grande devem ser julgados nos próximos dois meses, disse hoje ao Campo Grande News o promotor da Infância e Juventude, Sérgio Harfouche.

O fiscal de rendas Daniel Batista Paniago de Miranda e o porteiro Edivaldo Alegre dos Santos foram denunciados pelo Ministério Público em 2010 sob acusação de pedofilia e abuso sexual de menores.

De acordo com Harfouche, no caso do porteiro Edivaldo Alegre dos Santos, as provas levantadas até o momento são satisfatórias. “O caso está na fase de alegações finais. E como o porteiro continua preso desde que confessou o crime, o julgamento não deve demorar um mês”, calcula o promotor.

Edivaldo Alegre dos Santos foi preso em fevereiro do ano passado, depois que a mãe de uma criança de 5 anos que morava no condomínio na Vila Jacy onde ele trabalhava como porteiro percebeu mudanças no comportamento da criança.

No celular do porteiro, foram localizadas imagens da menina nua e fazendo posições sexuais a pedido do homem. A menina contou para a mãe que Edivaldo a levava para a cozinha da zeladoria, pedia para que a criança se despisse e tirava fotos com o celular. Em conversa com uma psicóloga, a vítima contou que o porteiro também ficava nu e exibia seu órgão genital.

“Peter Pan” – Em operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) realizada em março de 2010, o fiscal de rendas Daniel Batista Paniago de Miranda foi preso acusado de pedofilia.

Investigações com mais de cinco meses levaram à prisão de Daniel, que oferecia benefícios materiais para a família das vítimas, para se relacionar sexualmente com meninas e adolescentes.

“Encontraram bonecas na casa do fiscal de rendas e as provas já constam no processo. Acredito que em dois meses a sentença deva ser emitida”, explicou Harfouche. No entanto, não foi possível confirmar a participação de Daniel em uma suposta rede de pedofilia.

No dia 24 de janeiro deste ano, o governo do Estado exonerou Daniel Paniago do cargo de fiscal de rendas. O salário do acusado de pedofilia era superior a R$ 16 mil.

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