Capital

Direto para prefeito, cidadãos reclamam da demora do aval para derrubar árvores

Em visita a locais afetados, Marquinhos Trad foi cobrado, mas explicou: "não posso remover árvores sadias"

Adriel Mattos e Caroline Maldonado | 16/10/2021 12:31
Prefeito foi abordado por moradores, mas justificou que precisa seguir legislação (Foto: Caroline Maldonado)
Prefeito foi abordado por moradores, mas justificou que precisa seguir legislação (Foto: Caroline Maldonado)

Depois da tempestade de sexta-feira (15) derrubar 180 árvores em Campo Grande, moradores reclamam que pediram a remoção para evitar essa situação. Em visita a locais afetados, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) foi cobrado, mas respondeu que a derrubada depende de autorização ambiental.

Nas Vilas Boas, a dona de casa Adélia Ajic, de 76 anos, contou que se assustou com a queda de duas árvores em frente à sua casa. “Ontem caiu de repente, logo depois que minha filha saiu com o carro. Graças a Deus ela tinha ido embora”, lembra.

Adélia disse ainda que ela e outros vizinhos pediram a remoção das árvores, mas a prefeitura não atendeu a solicitação. “Estou aqui sem energia e preocupada com as coisas estragando no freezer e na geladeira”, afirmou.

Por sua vez, o prefeito disse que uma remoção precisa passar por várias etapas, que incluem perícia e avaliação de um profissional capacitado, como biólogos. “Não posso remover árvores sadias como essas aqui na Praça do Peixe. Moradores tem reclamado, mas se removo, posso responder a um processo administrativo”, lamentou Marquinhos.

Tocos de árvore podada por equipe da prefeitura no Giocondo Orsi (Foto: Caroline Maldonado)

Rescaldo - A Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos mobilizou 300 trabalhadores para atender as 180 quedas de árvores. “Campo Grande tem mais de 280 mil árvores. Dessas, 180 caíram durante o vendaval. Muitas são centenárias, mas outras sadias caíram com a força do vento”, disse o prefeito.

A prioridade das equipes é para atender locais onde há risco à moradia e desobstrução de ruas. “Não teve danos na rede de esgoto nem no asfalto. Não é o caso de decretar emergência”, completou.

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