Capital

Direção da Santa Casa espera Bernal para discutir dívida e repasse maior

Aline dos Santos e Jéssica Benitez | 20/05/2013 12:10
Simone participou de reunião hoje com Teslenco na Santa Casa. (Foto: Vanderlei Aparecido)
Simone participou de reunião hoje com Teslenco na Santa Casa. (Foto: Vanderlei Aparecido)

A direção da Santa Casa está à espera do prefeito Alcides Bernal (PP) para discutir as dívidas, sendo uma de R$ 15 milhões que pode inviabilizar o repasse do SUS (Sistema Único de Saúde), e o aporte de mais dinheiro para zerar o déficit mensal do hospital.

De acordo com o secretário municipal de Saúde, Ivandro Fonseca, o prefeito vai à Santa Casa amanhã, no período da tarde. Hoje, a nova direção, que assumiu na última sexta-feira depois de oito anos de intervenção do poder público, se reuniu com a vice-governadora Simone Tebet (PMDB), a secretária estadual de Saúde, Beatriz Dobashi, e Ivandro Fonseca.

Conforme a vice-governadora, o débito de R$ 15 milhões em tributos federais não impede o repasse de recursos do SUS. “É um caso excepcional, o repasse não pode ser suspenso”, afirma. Por outro lado, o presidente da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), Wilson Teslenco, afirmou, na semana passada, que o hospital perdeu a certidão negativa de débito, o que impede repasse de dinheiro do SUS e a realização de empréstimo.

Simone Tebet reafirmou que o governo está disposto a pagar os juros de um financiamento de até R$ 80 milhões para pagar as dívidas de curto prazo. Os juros equivalem a R$ 500 mil por mês.

“Isso caracteriza crime fiscal e o prefeito vai apurar”, diz Ivandro Fonseca. Já sobre a possibilidade de a Prefeitura dar ajuda financeira ao hospital, ele aponta que somente Benral pode opinar. Por enquanto, a Secretaria Municipal de Saúde vai rever o plano operativo das metas quantitativas e qualitativas.

Beatriz Dobashi afirmou que sai com o a sensação do dever cumprido. “Tomamos todo cuidado para não faltar atendimento. Tivemos dificuldade, é claro. Mas não é preciso levantamento para mostrar a melhoria, é evidente”, afirma.

A secretária entregou três documentos para Wilson Teslenco: relatório de todas as gerências sobre as atividades executadas desde 2005, consultoria especializada e resultado de auditorias contábeis. A ABCG informa que em 2004, antes da intervenção, a dívida do hospital era de R$ 37 milhões. Agora, oito anos depois, chega a R$ 111 milhões.

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