Capital

Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência é marcado por manifestação

Na principal avenida da Capital pediram respeito e maior atenção do Poder Público

Juliana Brum | 21/09/2015 12:55
Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência é marcado por manifestação

No Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência, a manifestação no centro da Capital realizada nesta manhã (21), por mais de 60 deficientes, chamou atenção para denuncias contra o Poder Público que não tem respeitado as leis Federal, Estadual e Municipal de acessibilidade que são aplicadas em Campo Grande, além da falta de medicamentos e materiais de uso específicos que estão em falta na Apae, entregues pelo SUS.

Organizados reuniram assinaturas para que o MP tenha conhecimento contendo todas estas denuncias além da dificuldade encontrada em 99% das áreas no centro de Campo Grande em relação aos acessos em transportes públicos, principais vias e a falta de rampas de acessos.

Segundo o estudante Claudenilson Alves da Costa, 33 anos, a nova frota de ônibus diminui os assentos para deficientes que de quatro chega a dois lugares apenas. "O que dificulta nas horas de pico" ressalta.

"Os problemas com o transporte público são inúmeros, porque muitas vezes por falta de manutenção os elevadores não funcionam e acabamos ficando não mão sem poder subir e temos que esperar outro, isto quando não acontece no último horário e somos obrigados a entrar pela porta da frente" explicou Claudenilson.

Ele também lembrou que para quem usa cadeiras motorizadas não conseguem subir nas calçadas das ruas: 7 de setembro e 15 de novembro por falta de rampas.

Já o policial aposentado, Paulo Camposano, 54 anos, há 20 anos cadeirante declara que sente grande melhores mesmo dentre as dificuldades citadas.

"Eu sinto que muitas coisas melhoraram como até a facilidade hoje para se comprar uma veículo adaptado que há 10 anos atrás ainda era bem burocrático" contou Camposano.

A questão da acessibilidade é um dos itens que todos reclamaram dizendo que quando chove é impossível subir nas rampas de acessos que enchem de água.

Segundo o Decreto nº 5.296 de 2 de dezembro de 2004, acessibilidade está relacionada em fornecer condição para utilização, com segurança e autonomia, total ou assistida, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos serviços de transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação e informação, por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida.

O autônomo, Éder Francisco de Andrade, 37 anos, ainda reivindicou a falta de recursos que foram cortados pela Prefeitura de Campo Grande para a compra de medicamentos específicos para as crianças da APAE.
"Eles alegam que não tem dinheiro e que foi por conta desta mudança de gestão. Não sinalizam quando será normalizado" ressalta Eder.

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