Capital

Dez obras de pavimentação estão paradas, só cinco em andamento

Alan Diógenes | 13/09/2014 11:08
Moradores reclamam que o asfalto foi prometido por Olarte, mas até agora obras não começaram. (Foto: Marcelo Calazans)
Moradores reclamam que o asfalto foi prometido por Olarte, mas até agora obras não começaram. (Foto: Marcelo Calazans)

Das 15 obras de pavimentação lançadas pela Prefeitura de Campo Grande, 10 ainda estão paradas e só cinco estão em andamento, segundo a Seintrha ( Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação). Os moradores do Jardim Seminário ainda não viram as  máquinas nem o início das obras para acabar com a poeira. O município promete iniciar os projetos na segunda-feira.

Conforme a dona de casa Kelly Dayane dos Reis Silva de Souza, 31 anos, que mora no Jardim Seminário,o prefeito Gilmar Olarte (PP) reuniu-se com os moradores e anunciou a obra na rua que faz esquina com a Avenida Tamandaré. Ela conta que as máquinas até começaram a trabalhar na semana seguinte ao encontro, mas acabaram indo embora e ela nunca mais viu nenhum funcionário trabalhando na pavimentação.

“O prefeito disse que primeiro iria vir o pessoal da Águas Guariroba para fazer a tubulação de esgoto. Também falou que teríamos calçadas com piso tátil como privilégio. Não sei como é um privilégio se é algo pago e não dado. Mas, mesmo assim até hoje eles não fizeram nada, apenas na primeira semana que eles mexeram e depois desistiram”, comentou.

Segundo a moradora, o prazo para o asfalto e o esgoto ser entregue divulgado pelo prefeito era de nove meses. No entanto, além de não ter trabalhadores no canteiro de obras, a população já está pagando R$ 20 pelo serviço. “Desde quando eles vieram falar que seria feita a obra, no mês seguinte já começamos a pagar pelo serviço através na conta de água, ou seja, estamos pagando por uma coisa que não existe”, explicou.

A aposentada Adelaide Cordeiro da Silva, 66, que participou da reunião com o prefeito, disse que durante seis anos que ela mora no local houve apenas o cascalhamento da rua. Ela reclama da poeira e das pedras que dificultam a locomoção das pessoas. “Minha filha gestante caiu nessas pedras esses dias. Pensa no perigo dela perder o bebê. Sem falar que quando chove isso aqui vira uma lama só”, mencionou.

Já o padeiro Paulo Adriano Rodrigues, 26, afirmou que o novo asfalto vai desafogar o grande fluxo de veículos nas avenidas principais do bairro. “Direto acontecem acidentes nas vias principais. Com a pavimentação da São Faustino os motoristas irão evitar passar pelas principais e desta forma vai acabar o congestionamento por aqui”, finalizou.

Kelly disse que o esgoto está sendo cobrado da conta de água sem estar pronto. (Foto: Marcelo Calazans)

De acordo com a secretária de Obras, Kátia Castilho, a demora no andamento das obras é devido a um ajuste de cronograma que está sendo realizado entre as nove construtoras responsáveis pelas obras, a Águas Guariroba e o projetista. Ela frisou também que não há obras paradas, por que a Seintrha está trabalhando diariamente para cumprir o prazo passado para a população.

O diretor de Obras da secretaria, Sérgio Henrique Tavares, afirmou que a Águas Guariroba teve que avançar com o planejamento para cumprir esse prazo. Para isso a concessionária teve contratar fornecedores de materiais para dar ínicio nas obras e por isso houve a demora.

Ele informou ainda que as 10 obras restantes foram dividias em etapas e e começam a partir da semana que vem. São elas nas regiões do Seminário, Atlântico Sul, Mata do Jacinto, Altos do São Francisco e Complexo do Bellinate. As que estão em andamento são nas regiões Imbirussu e Segredo, Sóter, Portal do Panamá e Complexo Sirio Libanês.

Por outro lado – As obras de esgoto e a construção de uma galeria de águas pluviais estão a todo vapor na continuação da Avenida Euler de Azevedo, no Conjunto José Abrão.

De acordo com o funileiro Irineu Barbosa Neto, 55, a obra começou há três semanas e um trecho da avenida já foi interditado para o serviço. “Fico feliz em saber que eles estão trabalhando por nós”, salientou.

A dona de casa Maria Teresa Macedo, 47, também aprovou a obra. Mas pediu que seja feito um plano de melhoria no trânsito na região. “Depois dessa obra eles terão que cuidar do trânsito, por que aqui é grande o fluxo de veículos”, concluiu.

Creibe acredita que o asfalto vai valorizar a região. (Foto: Marcelo Calazans)
Em compensação, obras de esgoto no Conjunto José Abrão estão sendo feitas. (Foto: Marcelo Calazans)
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