Capital

Dez dias após tortura de adolescente, duas autoras ainda não foram localizadas

Vítima foi torturada por aproximadamente duas horas e agressões foram divulgadas em um grupo do WhatsApp

Kerolyn Araújo | 17/01/2019 17:37
Autora exibindo vítima ferida (Foto: Reprodução)
Autora exibindo vítima ferida (Foto: Reprodução)

Dez dias após uma adolescente de 16 anos ser agredida e torturada no bairro Guanandi, em Campo Grande, duas das três envolvidas no caso ainda não foram localizadas, conforme informou ao Campo Grande News a irmã da vítima, de 24 anos.

Segundo a irmã da vítima, até agora a polícia não localizou a adolescente de 17 anos e a jovem de 18, que foram as autoras das agressões. ''Ficamos sabendo que a menina de 18 anos está na casa da mãe, mas a polícia não foi atrás e não deu nenhum retorno para nós", disse.

Com medo de novas agressões ou ameaças, a família mudou a rotina da adolescente. ''Ela só fica em casa. Parou de receber ameaças porque trocamos o número do telefone e também fizemos ela desativar as redes sociais", contou.

Na próxima quarta-feira (23), a adolescente passará por uma cirurgia no nariz, que foi quebrado pelas autoras durante as agressões.

Depoimentos - Na semana passada, o delegado Fabio Sampaio da Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude) ouviu uma adolescente de 17 anos que também estava na casa no momento das agressões.

À polícia, a garota de 17 anos confirmou a versão contada pela vítima sobre as agressões. Ela relatou que não gostava da adolescente e, por isso, junto com as outras duas envolvidas, de 17 e 18 anos, resolveu armar uma emboscada.

Além da agressora de 17 anos, a polícia também ouviu irmã da vítima e duas adolescentes que participavam do grupo de WhatsApp onde as agressões foram divulgadas.

Buscas - Ao Campo Grande News, o delegado disse na semana passada que as duas autoras não localizadas estavam ''fugindo da polícia''.

O caso - Por volta das 18h de segunda-feira (7) a adolescente recebeu uma mensagem no celular de uma amiga a chamando para tomar tereré.

Ao aceitar o convite, a colega de 17 anos, chamou um motorista de aplicativo, porém o destino era uma casa no Guanandi. No local, ela sofreu uma série de torturas que durou aproximadamente duas horas.

O Campo Grande News tentou contato com o delegado responsável pela investigação, mas nenhuma das chamadas foram atendidas.

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