Deteriorado e valendo R$ 25 milhões, prédio de clínica é recusado pelo Estado

O antigo prédio da Clínica Carandá, na Avenida Mato Grosso, está depredado e deteriorado a ponto de a Fundação Escola de Governo ter recusado sua compra por R$ 25 milhões. A oferta foi feita pela dona do local, Marcia Augusta Teodorowic Reis, em chamamento público aberto em outubro do ano passado para que seja a nova sede da Escola de Governo.  

Ao que parece, conforme publicação da Fundação em Diário Oficial, este foi o único espaço visitado pela Comissão Especial de Aquisição de Imóvel da entidade e o encontrou “em condições precárias para uso, visto a grande deterioração e/ou depredação do mesmo”.

O resultado dessa avaliação foi negativo à compra do local que, “na proposta apresentada pela Proponente Vendedora, foi apresentado um anexo, com os valores para a realização de uma reforma do imóvel, sendo num valor total para reforma de R$ 2.013.859,86”.

Tal reforma seria necessária para que a Fundação se instalasse lá, fora as adequações previstas pela entidade. “Essa reforma contempla apenas a reestruturação do formato já existente do prédio, e não a adaptação necessária para o uso da Fundação Escola de Governo, ou seja, com salas de aula e laboratórios, e ainda as salas de trabalho dos setores e diretorias”, cita a publicação que recusou a compra.

O local serviu como clínica psiquiátrica até 2020, quando foi vendida para outro grupo e instalada na saída para São Paulo. De lá para cá, nada mais foi feito no prédio da Avenida Mato Grosso e o local aparenta estar abandonado. Bastante sujeira foi constatada pela reportagem na área externa do prédio.

Pelo edital da Escola de Governo, a ideia é desativar o local onde a entidade está instalada hoje, no Parque dos Poderes, e é compartilhado com a Agência de Previdência e com a Fundação do Esporte. “Com o passar dos anos, a atual estrutura já se mostra insuficiente frente ao aumento do quadro de servidores do órgão, além da criação/ampliação de cursos de formação e pós-graduação”, cita o edital.

Com a negativa para o prédio da antiga clínica, a comissão orientou a Fundação a fazer um novo chamamento público. Para a dona do espaço, não há pressa para a venda ou troca do imóvel, seja com a entidade estadual ou não e diz que a área está em negociação, sem informar mais detalhes.

A reportagem esteve no local, que dá volta na quadra, adentrando a Rua Antônio Teodorowick, e apenas a parte dos fundos parece estar em estado precário. Demais áreas externas aparentam estar bem cuidadas.

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