Detento da Máxima é investigado por estuprar e torturar enteada de 12 anos
Ele estava preso por coagir as filhas durante investigações de homicídio cometido por ele no Mato Grosso
Detento da Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande é investigado por estuprar e torturar a enteada, uma criança de 12 anos. O suspeito já estava preso em investigação por homicídio ocorrido em Mato Grosso, e por ter coagido as filhas a mentir sobre o caso. Após indícios que apontaram para o novo crime, mandado de prisão preventiva contra o suspeito foi cumprido nesta quinta-feira (16), dentro do presídio.
De acordo com informações da delegada Anne Karine Trevisan, adjunta da DEPCA (Delegacia Especializada de Atendimento à Criança e ao Adolescente), investigações apontaram que, além de estuprar a enteada, o suspeito amarrava e batia na vítima durante os abusos. “Tudo era feito com muita violência”, explica.
Em depoimento, as filhas do detento confirmaram os abusos sexuais e disseram que não denunciaram o caso porque eram ameaçadas pelo pai. “Ele não abusava das filhas, apenas a enteada era estuprada. Para intimidar, ele ameaçava dizendo que mataria todos caso alguém descobrisse sobre o crime”, lembra a delegada.
Mandado de prisão preventiva foi expedido e a ordem contra o suspeito cumprida dentro da Máxima. “Ele foi trazido até a delegacia para prestar depoimento e negou o crime, mas existem diversas provas contra ele”, relata Trevisan.
As filhas do suspeito foram embora de Campo Grande. A vítima foi encaminhada para um abrigo da Capital. Todas elas receberam atendimento no setor psicossocial da DEPCA.
Segundo a delegada, o suspeito estava preso em Campo Grande por coagir as filhas a mentir para a Justiça durante investigação de um homicídio cometido por ele em Mato Grosso. “Elas eram testemunhas do crime e chegaram a mentir em depoimento. Depois descobriram que as duas eram ameaçadas por ele”, explica.
Outro caso - Também nesta semana, mandado de prisão foi solicitado contra um ajudante de serviços gerais que está preso na Penitenciária de Segurança Máxima da Capital. Ele é investigado pelo estupro da sobrinha, da enteada e das três filhas. As vítimas tinham de 17 a 1 ano, e eram abusadas diariamente. O crime só foi descoberto após policiais da Depca cumprirem um mandado de prisão vindo do Paraná contra o suspeito.