Capital

Depois de secretário, Justiça manda soltar dono da Gráfica Alvorada

Mirched Jafar Junior e André Cance foram presos no último dia 11. Eles seriam integrantes da organização criminosa junto ao ex-governador Puccinelli

Lucas Junot | 17/05/2017 17:17
Conforme as investigações, a gráfica era usada para lavagem de dinheiro (Foto: Fernando Antunes/Arquivo)
Conforme as investigações, a gráfica era usada para lavagem de dinheiro (Foto: Fernando Antunes/Arquivo)

Depois de soltar o ex-secretário estadual de Fazenda, André Cance, o desembargador federal Paulo Fontes, do TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região, em São Paulo), acatou o pedido de habeas corpus do dono da Gráfica Alvorada, Mirched Jafar Junior, preso na quinta-feira (11).

A liminar foi concedida nesta quarta-feira (17) e o alvará de soltura será expedido a qualquer momento.

Mirched está no centro de triagem do complexo penal de Campo Grande, na cela 17, chamada também de “cela dos famosos” - a única do Complexo Penal preparada para abrigar pessoas com curso superior.

Uma das suspeitas levantadas sobre Micherd é dilapidação de patrimônio “para evitar o ressarcimento ao erário e manter uma vida de luxo, com possibilidade de prosseguir nas atividades criminosas”. A gráfica seria utilizada para lavagem de dinheiro.

O MPF (Ministério Público Federal) ressaltou que evidência da pulverização são as declarações de Imposto de Renda dele, que mostram a diminuição do patrimônio em R$ 7,7 milhões de um ano para outro. Ele declarou à Receita Federal ter R$ 19,5 milhões em bens em 2014 e no ano seguinte, passou a ter R$ 11,8 milhões – redução de 39%.

A Procuradoria da República ressaltou, por exemplo, que entre janeiro de 2010 e dezembro de 2012, foram movimentados R$ 144,6 milhões em uma das contas da Gráfica Alvorada, sendo que R$ 19,9 milhões foram sacados com 646 cheques.

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