Capital

Depois de protesto, Capital sente os reflexos do vandalismo

Jéssica Benitez e Aliny Mary Dias | 21/06/2013 08:10
Ponto de ônibus é depredado na Avenida Afonso Pena (Foto: Marcos Ermínio)
Ponto de ônibus é depredado na Avenida Afonso Pena (Foto: Marcos Ermínio)

Depois de cinco horas de protesto com participação de 30 mil pessoas na noite de ontem, conforme a Polícia Militar, Campo Grande amanhece de "ressaca", com lixo nas ruas, pichações nos muros, lojas com portas e vidros quebrados.

No canteiro da Avenida Afonso Pena a grama serviu de “lixeira” onde estão depositados cartazes do manifesto, latas de cerveja e garrafas de bebidas. O Obelisco foi pichado com a palavra "corrupção". Na Praça da República (Rádio) o cenário se repete e a Concha Acústica também foi alvo dos pichadores.

Na Calógeras, esquina com Afonso Pena, o Banco Bradesco permanece sem uma das portas de vidro, quebrada ontem à noite por vândalos que até o momento estavam disfarçados de manifestantes no meio do protesto. No Banco do Brasil, próximo à Praça Ary Coelho, nada foi danificado, mas por precaução a unidade bancária está com tapumes nas laterais, sendo que somente as portas da frente estão abertas para que o cliente entre.

Segundo um funcionário que não quis se identificar, a “proteção” deve ser mantida até o próximo sábado. O ponto de ônibus da Afonso Pena, em frente à antiga loja Planeta Real, também continua com a estrutura quebrada, no local houve apenas uma pequena limpeza para retirar os estilhaços do chão. Na mesma localidade, o restaurante, depredado também no final do protesto, segue com as portas quebradas e parte da parede destruída.

“Não deu para arrumar nada ontem, então contratamos um segurança para dormir aqui, ele vai ficar até sábado para garantir que nada mais ocorrerá”, disse o gerente do restaurante, Edivaldo Santana, 48 anos. Outras lojas foram atingidas com menor intensidade, com pequenos amassados nas portas. Ainda na Avenida Afonso Pena com a Ernesto Geisel placas de trânsito estão caídas, o mesmo ocorre no cruzamento com a Rua Noroeste.

Confronto – No final da manifestação, um grupo de vândalos quebraram vidro de um ônibus e o picharam. Eles também tentaram invadir o Burger King, mas foram impedidos por seguranças do local, mesmo assim os clientes entraram em pânico e ficaram por alguns minutos trancados dentro do estabelecimento.

A Polícia Militar conseguiu prender quatro rapazes responsáveis que faziam parte do grupo de baderneiros. Antes de serem detidos eles atearam fogo em sacos de lixo e danificaram alguns veículos que estavam estacionados na Ernesto Geisel. Todos estavam de bicicleta e na hora da detenção estavam com um cone de trânsito.

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