Capital

Depois de índias, comissão do Congreso se reúne com André

Grupo que investiga violência contra a mulher chegou em Campo Grande domingo, conversou com indígenas e tem vários compromissos

Nadyenka Castro | 12/11/2012 09:18
CPMI em reunião com indígenas da aldeia Água Bonita. (Foto: Divulgação)
CPMI em reunião com indígenas da aldeia Água Bonita. (Foto: Divulgação)

A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito), que investiga a violência contra as mulheres no Brasil, está em Mato Grosso do Sul e na manhã desta segunda-feira, se reúne com o governador André Puccinelli (PMDB), na governadoria.

Após reunião com o chefe da administração estadual, deputadas e senadoras visitam a Delegacia da Mulher. A visita está marcada para as 10h30. Em seguida, vão conhecer o Centro de Referência em Atendimento à Mulher.

À tarde, as visitas serão no Poder Judiciário. Às 14 horas, na Vara de Violência Doméstica e em seguida, no Ministério Público Estadual. No início da noite, às 18 horas, reunião com Movimento de Mulheres na Assembleia Legislativa.

Na terça-feira a agenda da CPMI começa às 9 horas com reunião com Movimento de Mulheres Indígenas, também na Assembleia Legislativa. Às 13 horas, no mesmo local, será concedida entrevista coletiva e logo depois haverá audiência pública.

Em funcionamento no Congresso Nacional desde fevereiro, a CPMI tem como objetivo investigar a situação da violência contra a mulher no Brasil e apurar denúncias de omissão do poder público. A CPMI é presidida pela deputada federal Jô Moraes (PCdoB-MG), tem em sua relatoria a senadora Ana Rita (PT-ES) e na vice-presidência, a deputada Keiko Ota (PSB-SP).

Primeira visita – O grupo chegou em Campo Grande nesse domingo e o primeiro compromisso foi reunião com mulheres indígenas da Aldeia Água Bonita. Foram ouvidos diversos relatos de violência contra a mulher.

Conforme dados da CPMI obtidos através do Mapa da Violência 2012, Mato Grosso do Sul é o quinto lugar entre os estados do País em assassinatos de mulheres, com taxa de homicídios de seis assassinatos para grupo de 100 mil mulheres, acima da média nacional, que é de 4,4. O primeiro colocado é o estado do Espírito Santo (9,4), o segundo Alagoas (8,3) e o Paraná aparece na terceira colocação (6,3).

Ponta Porã é o município mais violento do Estado e ocupa a 10ª colocação entre as 100 cidades mais violentas do Brasil. A taxa de homicídios é de 17,8 assassinatos para grupo de 100 mil mulheres. Número muito acima da média nacional, que é 4,4. A cidade supera as capitais mais violentas do Brasil, como Porto Velho, Rio Branco e Manaus, que têm índices acima dos 10 homicídios em 100 mil habitantes.

A Capital possui taxa de homicídios de 3,3 assassinatos para grupo de 100 mil mulheres e ocupa a 24ª colocação entre as capitais do Brasil no quesito violência contra as mulheres. 

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