Capital

Depois de cair em buraco, menina está bem e adorou andar de ambulância

Tainá foi resgatada ontem pelo Corpo de Bombeiros, no bairro Noroeste

Leonardo Rocha | 15/10/2017 11:32
Tainá já está brincando com as colegas nas ruas do bairro Noroeste (Foto: Marcos Ermínio)
Tainá já está brincando com as colegas nas ruas do bairro Noroeste (Foto: Marcos Ermínio)

Eduarda Tainá, de apenas 7 anos, que caiu em um buraco ontem (14) e foi resgatada pelo Corpo de Bombeiros, no bairro Noroeste, sofreu poucas escoriações e já está bem, inclusive voltou a brincar nas ruas da vizinhança. Ela ainda revelou que adorou andar de ambulância, quando foi levada para Santa Casa, para receber os devidos atendimentos.

A avó da menina, Enedina Alves Miranda, 50, disse que a família já refez do susto e gora questiona a falta de locais de lazer no bairro, o que leva as crianças as buscarem outras alternativas para brincar e interagir. "Tem muita criança no bairro, elas não tem nenhum parque ou praça para se divertirem, por isso ocorre situações como esta".

Segundo os moradores, a única praça que tem no bairro está fechada e cercada, sendo uma obra inacabada que de acordo com ele, dura mais de sete anos. "Elas (crianças) então resolvem criar as brincadeiras, jogando bola na rua e subindo em árvores para se divertir e pegar frutas", disse Enedina.

De acordo com os familiares, Tainá ficou muito abalada depois de ser resgatada e um pouco assutada, porém hoje já acordou tranquila e voltou a brincar. "Ela chorou na hora de sair de ambulância, mas depois adorou andar no veículo até o hospital. Graças a Deus teve apenas um ralado nas costas e no ombro", contou a avó.

Ela lembrou que no bairro existe uma unidade do programa "Rede Solidária", do governo estadual, que oferece diversos cursos e atividades esportivas para as crianças e adolescentes, mas lamentou que o local fica longe da sua casa. "Fica a uns três quilômetros daqui, até sugiro ao governo se não disponibiliza um ônibus para buscar as crianças que moram do outro lado do bairro".

O pai da menina, Silvio Alves, 33, também questionou o fato destes buracos estarem abertos. "Apesar de estar em obra, muitos que trabalham lá moram aqui e sabem que tem muitas crianças no bairro, por isto deveriam colocar algum impedimento para prevenir a entrada das crianças ou algo para fechar o buraco".

No local onde ocorreu o acidente, serão erguidas três residências, por isso há vários buracos como esse por lá. Segundo o Corpo de Bombeiros, a corporação deve entrar em contato com o responsável pela obra para orientação que ele faça a proteção do local.

De acordo com os moradores, após o acidente com a menina, responsáveis pela obra foram até o local, por volta das 23h e fecharam os buracos. Tainá ficou presa uma hora, no buraco que tinha três metros e meio de profundidade e 30 centímetros de espessura. O Corpo de Bombeiros ficou conversando com ela, até conseguir retirá-la.

Familiares reclamam dos buracos e da falta de local de lazer no bairro Noroeste (Foto: Marcos Ermínio)
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